Caixa reduz aporte a Flamengo e acena com saída do futebol

A redução geral nos gastos públicos que tem sido feita pelo governo federal pode fazer com que o maior investidor do futebol deixe gradativamente o esporte.

Nesta quinta-feira, a Caixa deu indício de que reduzirá os valores investidos e pode até deixar em breve o futebol. Após aportar R$ 130 milhões em patrocínios no futebol em 2014, o banco puxou o freio justamente no seu segundo maior contrato, com o Flamengo.

Em maio de 2013, a Caixa pagou R$ 25 milhões para ser o patrocinador máster do clube. No ano seguinte, renovou por mais um ano com os mesmos valores.

Agora, a Caixa bateu o pé e só aceitou renovar o acordo até o fim do ano. O clube teve que ceder e aceitar o acordo. O valor proporcionalmente é o mesmo, de R$ 2 milhões por mês. Mas o Flamengo terá de renegociar o contrato ainda no término da atual temporada.

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Até agora, só Corinthians e Flamengo renovaram seus acordos, ambos até dezembro. Os demais clubes seguem em negociações com a Caixa, que já começa a sinalizar com uma drástica redução no investimento.

Procurado, o banco não respondeu à Máquina do Esporte.

A mudança de comportamento da Caixa tem a ver também com a alteração no comando da estatal. Jorge Hereda deu lugar a Miriam Belchior em fevereiro deste ano.

Isso alterou até mesmo conversas que já vinham acontecendo com outros clubes. Foi o caso do Cruzeiro, que chegou a divulgar que o contrato estava apalavrado em janeiro, mas até agora não avançou nas negociações.

Com uma saída da Caixa, o futebol veria uma corrida por patrocinadores em 2016. Atualmente, São Paulo, Cruzeiro e Santos já não têm um patrocinador máster.

Jeep

Além de aprovar o novo contrato com a Caixa, o conselho do Flamengo também autorizou o fechamento de contrato com a marca de automóveis Jeep, que ficará na barra da camisa e pagará R$ 4,5 milhões ao clube. Considerando todos os patrocinadores na camisa, o que inclui a Adidas, a diretoria flamenguista receberá R$ 81,5 milhões em aportes nesta temporada.

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