“Eu como presidente já estava satisfeito com o desempenho da gestão neste primeiro ano do segundo mandato. A gente começou a colher tudo o que plantou. Mas de nada adiantaria uma gestão competente, responsável, sem ter o sucesso esportivo”.
A frase de Paulo Nobre na entrevista coletiva após a conquista do terceiro título da Copa do Brasil pelo Palmeiras resume o que tem sido a gestão do clube desde que o dirigente assumiu o leme.
Nobre, em 2013 e 2014, segurou as contas do Palmeiras. Investiu mais de R$ 140 milhões do próprio bolso e passou a ser sócio do clube este ano, recebendo, desde junho, 10% do faturamento.
Por isso, o dirigente usou a vitória em campo para reforçar a volta por cima também nas finanças.
“Em 2015, as coisas começaram a acontecer. O sócio-torcedor cresceu, depois veio a Crefisa, a Prevent Senior e a FAM, deixando o Palmeiras numa situação inimaginável, que fez o clube ter o maior patrocínio da sua história centenária”, afirmou Nobre.
O dirigente também mostrou um certo rancor com relatório do banco Itaú-BBA, divulgado em janeiro, que colocava Palmeiras e Corinthians como clubes com baixa atratividade para investimento.
“Será que hoje os patrocinadores dos dois times estão insatisfeitos?”, questionou Paulo Nobre.
Com fluxo de caixa assegurado pelo dirigente, o Palmeiras teve dinheiro para reforçar o time. Desde janeiro, foram quase 30 atletas contratados, numa reformulação que turbinou o sócio-torcedor.
“Os patrocínios vieram, as primeiras contratações começaram a acontecer, a torcida se empolgou demais”, relembrou Nobre.
Em janeiro, após a contratação de Dudu, o programa Avanti disparou em adesões. Numa média de quase mil torcedores por dia, o Palmeiras se tornou o segundo maior do país, gerando hoje quase R$ 50 milhões ao ano ao clube.
O ano deve terminar com um faturamento recorde no Palmeiras. E com o “sócio” Nobre começando a recuperar esse investimento.