A partir desta quinta-feira (28) até o fim da primeira semana de janeiro, a Máquina do Esporte destacará os principais acontecimentos e personagens do mundo esportivo de 2017, em premiação dividida em 12 categorias. E o levantamento dos “Melhores do Ano” começará com a venda que marcou o futebol mundial: Neymar no PSG.
A iniciativa do time francês foi considerada o Case Internacional do Ano porque foi muito além das quatro linhas. O Paris Saint-Germain gastou 222 milhões de euros para tirar o brasileiro do Barcelona porque sabia que precisava de um nome midiático para mudar o status do clube entre torcedores e patrocinadores. O valor foi mais que o dobro da maior transação de jogador da história do futebol.
A compra de Neymar foi uma demonstração de força do grupo árabe que hoje comanda o PSG. O braço esportivo de um grupo de investimento estatal do Qatar, a Qatar Sports Investiments, adquiriu o clube em 2011. Desde então, o faturamento da equipe parisiense passou de 221 milhões de euros para 520 milhões de euros na temporada 2015/2016, segundo dados da consultoria Deloitte. Hoje, a equipe é a sexta mais rica do mundo.
Não é fácil mensurar os resultados do Paris Saint-Germain com Neymar; o jogador ainda não completou um ano no time. Mas alguns resultados no mercado brasileiro podem indicar o peso do atleta na equipe de capital francesa.
Uma pesquisa do Ibope/Repucom, por exemplo, mostrou que o PSG pulou da décima posição para a terceira entre os times mais simpáticos aos brasileiros, em levantamento realizado um mês antes e um mês depois da contratação do jogador. No país, o time de Paris tomou um espaço ocupado pelo Barcelona na televisão e teve preferência em canais abertos para partidas da Liga dos Campeões. Já a Ligue 1 passou a receber um enorme destaque nas programações do Sportv e da ESPN.
O Paris Saint-Germain tem alimentado o mercado brasileiro. O time lançou camisa 3 em amarelo, em uma homenagem à seleção do país. Site e redes sociais ganharam versões em português. E Neymar foi apresentado em clima de samba e carnaval.
Mas o interesse em Neymar vai além. Dias antes de fechar com o Paris, o jogador brasileiro fazia excursão na China como embaixador do Barcelona. Entre o assédio de torcedores e até um jantar com o ator Jackie Chan, o atleta deixava claro que seria peça-chave na entrada do time francês em novos mercados.
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