A CBF anunciou na quarta-feira uma nova parceria para negociar os direitos de televisão da seleção brasileira. A entidade fechou com a agência Synergy Football, que passará a comercializar os jogos do time nacional. O acordo abrange o período de novembro deste ano até a Copa do Mundo de 2022.
A confederação afirmou que passará os detalhes do novo acordo em breve e que a entidade trabalhará com a agência para “organizar um processo aberto e transparente”.
“A diretoria da CBF consultou muitas agências especializadas, fez um exaustivo processo de entrevistas e negociações e optou pela Synergy por sua experiência global e, especialmente, por sua atuação em vendas para a mídia brasileira, onde ela representou por muito tempo os principais campeonatos europeus, entre eles a Champions League”, explicou o presidente da confederação, Marco Polo Del Nero, em nota divulgada no site da entidade.
Com a medida, a CBF terceiriza a venda de direitos de televisão dos amistosos do time e das partidas das Eliminatórias da Copa do Mundo, quando o time brasileiro for o mandante durante a disputa sul-americana.
A empresa escolhida, Synergy Football, é sediada na suíça e comandada por Patrick Murphy, antigo diretor executivo da Team, agência que tinha exclusividade da Uefa para comercializar direitos de transmissão dos torneios europeus.
Dessa maneira, a CBF termina a experiência realizada neste ano, quando vendeu os direitos de transmissão por conta própria. No fim de 2016, foi encerrado o contrato da Globo para os amistosos da seleção brasileira. A emissora manteve apenas as Eliminatórias para a Copa de 2018, na Rússia.
Sem a parceria da Globo, a CBF resolveu inovar. Nos amistosos da seleção brasileira contra a Argentina e contra a Austrália, a própria confederação fez a produção das transmissões. Sem uma grande emissora, a entidade liberou o sinal para a TV Cultura e para a TV Brasil. Na televisão, conseguiu audiência que ficou longe do alcançado normalmente pela Globo, com Ibope inferior a 3 pontos de média.
A iniciativa, por outro lado, serviu para a CBF alimentar parcerias comerciais. Itaú e Vivo, patrocinadores da seleção, tiveram o direito do sinal para divulgar as partidas em suas plataformas online. Além disso, a entidade liberou o sinal na CBF TV.