A criação de uma liga Sul-Minas será decidida nos próximos dois dias pela Confederação Brasileira de Futebol. Foi esse o prazo dado pela entidade para estudar a viabilidade de se criar a liga já no ano que vem, reunindo dez clubes dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais, além dos times cariocas Flamengo e Fluminense.
Na manhã de ontem, os dirigentes dos clubes fundadores da liga estiveram na sede da CBF, conversando sobre a possibilidade de criação da liga e sobre um possível controle que os clubes poderiam assumir sobre o futebol brasileiro, organizando não apenas a Sul-Minas, mas as principais divisões da competição nacional.
“Nós não queremos matar as federações, só não queremos morrer de fome. A Liga está amparada pela Lei Pelé, ela não é a primeira, já existe a do Nordeste e a Copa Verde. A CBF vai proibir de fazer o bem? Sob qual argumento? Estamos fazendo a Liga com 30 anos de atraso”, disse Alexandre Kalil, eleito CEO da liga, ao site Globoesporte.com.
Em contato com a reportagem, Walter Feldman, secretário-geral da CBF, afirmou que o encontro foi apenas para apresentar a liga, sem haver uma proposta de datas para a realização do torneio. Ele confirmou que a entidade fará uma reunião de seu corpo técnico para decidir se a CBF dará aval para a liga existir já em 2016.
“Agora chegou ao caos absoluto, que tem gente presa, gente banida, agora vão nos dar a chance de fazer”, completou Kalil.
Até agora, os clubes paulistas não se mostraram dispostos a fazer parte de uma liga. O Paulistão gera R$ 15 milhões por ano aos quatro grandes do Estado.