A Fifa e a CBF anunciaram nesta segunda-feira (28) a retomada do Fundo de Legado da Copa do Mundo de 2014, um programa de quatro anos com investimento total de US$ 100 milhões (R$ 377 milhões). Uma parcela inicial de US$ 25 milhões (R$ 94,25 milhões) foi depositada na conta da entidade brasileira para as ações propostas para 2019. A quantia se soma a outros US$ 9 milhões (R$ 34 milhões) enviados entre 2014 e 2015.
De acordo com a Fifa, os projetos apoiados pelo Fundo de Legado serão retomados após um plano de negócios abrangente ter sido apresentado pela CBF e aprovado pela Fifa em novembro do ano passado. Além disso, também houve a assinatura de um novo contrato de objetivos acordados entre as duas organizações, que detalha um conjunto rigoroso de monitoramento, relatórios e medidas de conformidade que foram implementadas.
Outras seis etapas de pagamento até julho de 2022 também foram acertadas entre Fifa e CBF. Todas estarão sujeitas ao cumprimento do plano anual do projeto, aos resultados da auditoria central da Fifa e aos relatórios periódicos a serem submetidos pela CBF à entidade que rege o futebol mundial.
A própria CBF divulgou que, com o objetivo de cobrir as cinco regiões do país, os projetos que receberão apoio do Fundo de Legado da Copa do Mundo de 2014 trabalharão para beneficiar pessoas e comunidades de todos os 26 estados mais o Distrito Federal, incluindo as 15 capitais que não receberam jogos durante o Mundial realizado em território brasileiro.
“Estamos felizes com o avanço do Fundo de Legado, que nos permitirá investimentos importantes no fomento ao futebol brasileiro. Nossas prioridades iniciais são a construção dos centros de treinamento nas capitais que não receberam partidas da Copa do Mundo e investimentos no futebol de base e feminino, bem como projetos nas áreas de medicina esportiva e responsabilidade social”, afirmou Rogério Caboclo, presidente eleito da CBF, que assumirá o mandato em abril.
“Tendo trabalhado bastante com a administração da CBF nos últimos meses, a Fifa está satisfeita por termos acordado uma estrutura e um programa aprimorados, que não apenas cumprem os compromissos assumidos com o Brasil por ter sediado uma Copa do Mundo espetacular, mas também têm como objetivo um impacto duradouro na vida de muitas pessoas e comunidades em todo o país”, declarou Zvonimir Boban, ex-jogador e atual secretário-geral adjunto da Fifa para o futebol.