No fim de agosto deste ano, a CBF anunciou oficialmente um contrato com a agência Synergy Football AG, com o objetivo de maximizar os contratos de direitos de transmissão que envolvem os amistosos da seleção brasileira e os jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo. Dois meses depois, a entidade passou por cima da parceira para assinar um acordo com a Globo.
O novo contrato entre Globo e CBF foi anunciado na última sexta-feira (27), sem nenhuma citação à Synergy por ambas as partes. A Máquina do Esporte apurou que a agência não esteve envolvida na negociação, que foi realizada diretamente entre o grupo de comunicação e a Confederação Brasileira de Futebol, assim como acontecia nos anos anteriores.
A negociação feita pela agência, há um mês, fracassou. Com pedido de US$ 3,5 milhões por cada partida, não houve proposta para a televisão aberta. A concorrência realizada pela CBF e pela Synergy terminou, então, sem vencedor na principal propriedade oferecida ao mercado nacional.
Na ocasião, o único acordo que conseguiu sair do papel foi para o streaming. Nesse caso, as partidas foram oferecidas a US$ 500 mil, e o próprio Grupo Globo foi anunciado como vencedor da disputa. Segundo informações de bastidores, foi justamente o preço elevado que afastou as emissoras de um contrato de televisão naquele momento.
Agora, a Globo garante a manutenção de exclusividade com o time nacional, tanto para a emissora aberta, com a própria Rede Globo, quanto para a televisão fechada, com o Sportv, e para o pay per view das partidas da seleção.
Os valores da negociação não foram divulgados. O acordo abrange as nove partidas que a seleção brasileira fará como mandante nas Eliminatórias para a Copa do Mundo quanto para os 28 amistosos que serão realizados nos próximos anos. O acordo é válido até dezembro de 2022, após a Copa do Qatar.
Com o contrato assinado, a Globo já garante os dois amistosos que serão realizados ainda neste ano. O time de Tite irá enfrentar o Japão e a Inglaterra, como preparação para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.
Neste ano, a CBF não teve contrato para os amistosos. Nas partidas, que incluiu um clássico contra a Argentina, o sinal foi liberado para emissoras públicas, além de streaming nas redes sociais da entidade e de dois patrocinadores, a Vivo e o Itaú.