Patrocinador olímpico desde 1976, o McDonald’s celebra no Rio de Janeiro a chance de, pela primeira vez, colocar clientes na cerimônia de abertura de uma Olimpíadas. Para David Grinberg, diretor de comunicação e marketing esportivo do McDonald’s no Brasil, a ação reforça o compromisso da empresa com os Jogos e, claro, soma pontos na aguerrida disputa por lembrança de marca no cenário olímpico. Leia a seguir a entrevista com Grinberg:
Máquina do Esporte: Por que o McDonald’s patrocina os Jogos?
David Grinberg: O patrocínio de eventos grandiosos é importante pois alia a marca a valores que são relevantes a nossa imagem, como o estilo de vida ativo obtido pela prática esportiva; a pluralidade cultural e a busca pela excelência. O McDonald’s sempre foi um apoiador dos esportes e tem orgulho por ser, desde 1976, patrocinador oficial dos Jogos Olímpicos. Esse ano, o McDonald´s proporcionará experiências únicas para o público brasileiro, utilizando a expertise de outras edições para criar ações ainda mais relevantes e marcantes. Também temos o orgulho de novamente alimentar os atletas, membros da imprensa e os espectadores, além de proporcionar a crianças e famílias a experiência única de participar da cerimônia da abertura.
ME: O que mudou ao longo da relação desse patrocínio com os Jogos?
DG: Temos orgulho de estar vinculados ao movimento olímpico há mais de 45 anos. Nossa história começou em 1968 com o envio de sanduíches a atletas norte-americanos nos Jogos de Inverno de Grenoble (França) e desde então temos aproveitado cada edição do evento para inovar. Neste período aprendemos que os atletas adoram comer nossa comida, que os funcionários de todo o mundo se engajam para trabalhar nas nossas operações olímpicas, que podemos levar o “sonho olímpico” a crianças e famílias de todo o mundo. A cada edição nos policiamos para sermos mais eficientes e levar os benefícios desse patrocínio aos nossos consumidores e funcionários. Isso certamente tem contribuído para realizar o plano Rio 2016 com excelência e sucesso.
ME: Quais são as plataformas de ativação para o Rio 2016?
DG: Para este evento teremos diversas ações: uma delas será histórica, pois pela primeira vez uma marca participará ativamente da cerimônia de abertura. Serão 100 crianças do mundo inteiro selecionadas pelo McDonald’s para participar desse momento. Também haverá um restaurante e um quiosque de sobremesas na Vila Olímpica para atender atletas, imprensa e o público.
Aliás, este quiosque também entrará para a história, já que será o maior quiosque do McDonald’s no mundo todo, com 200m² de área total e quase sete metros de altura. Outra forma de ativação será feita por meio da parceria com a Coca-Cola, que resultou numa estilosa linha de Copos de alumínio que podem ser adquiridos em qualquer McDonald’s do país. Ainda há outras atividades que serão divulgadas em breve!
ME: Por que a mudança do restaurante na Vila Olímpica?
DG: O McDonald’s é um dos restaurantes mais desejados pelos atletas nos Jogos Olímpicos. Nossa experiência desde 1996 revela que o local é ponto de encontro dos esportistas, que contam com os nossos alimentos como parte das dietas específicas que possuem, antes e depois das competições. Temos orgulho de servir a nossa comida aos melhores atletas do mundo. A decisão de mudar a localização visa ampliar essa experiência para mais pessoas (imprensa internacional e convidados, além dos próprios atletas) e também reafirmar nosso local como democrático e que permite que diversos públicos se relacionem. Sabemos ainda que fazer uma refeição ao lado dos familiares é fundamental no processo de preparação dos atletas.
ME: Em relação a Londres, qual é a diferença para a ativação?
DG: É preciso entender que cada edição dos Jogos possui uma característica única. É difícil implementar uma formula única. Assim, desenvolvemos um plano específico para o Brasil, sem embasá-lo muito no que houve em Londres. Os aprendizados foram contemplados, é verdade, mas criamos nosso plano levando em consideração as características de nossa operação aqui no Brasil e os detalhes do evento. Neste sentido, chamo atenção para o restaurante oficial que agora será aberto também a familiares dos atletas e membros da imprensa e poder levar crianças do país para participarem da Abertura.
ME: E em relação à Copa, como os Jogos se diferenciam?
DG: São dois eventos totalmente diferentes para nossa operação. A Copa oferece propriedades de visibilidade que são fundamentais no plano de engajamento da marca com o evento. Já nos Jogos Olímpicos, com o “Clean Venue”, é fundamental que o patrocinador busque outras formas de se aproximar dos consumidores. Também é importante entender que a dinâmica de uma partida de futebol é distinta das demais modalidades, com o qual é preciso valorizar outros ativos que não somente o campo.
ME: A crise afeta o trabalho do McDonald’s para o evento?
DG: Não. Os Jogos Olímpicos sempre foram e têm sido prioridade no plano da empresa. Tivemos os recursos necessários para realizar as ações que entendemos serem as mais eficientes para atingir os objetivos propostos.