Cervejaria espera compensação por locaute da NHL

Enquanto a liga profissional de hóquei no gelo dos Estados Unidos (NHL) e a associação que representa os atletas (NHLPA) se digladiam, há uma classe especialmente preocupada com o locaute que já cancelou mais de um quarto da competição: os patrocinadores. Nesta semana, a cervejaria Molson Coors admitiu que espera ser recompensada por todo o imbróglio.

“Haverá alguma reparação para nós por causa disso. Eu só ainda não sei quantificar isso porque não há uma posição oficial sobre a duração do locaute”, disse Peter Swinburn, CEO da cervejaria, à agência “Canadian Press”.

No início de outubro deste ano, a NHL chegou a reunir patrocinadores para falar sobre o locaute. Na época, a liga assegurou que os parceiros comerciais não seriam prejudicados pela disputa.

O locaute é o quarto movimento similar nos últimos 18 anos. Em 2004∕2005, toda a temporada da NHL chegou a ser cancelada.

O cerne da discussão é o contrato básico de trabalho, documento que norteia todas as relações profissionais na liga. É esse acordo que define, por exemplo, qual porção do faturamento a NHL deve destinar aos atletas.

A NHL faturou US$ 3,3 bilhões na temporada passada. No último contrato, os jogadores tinham direito a 57% do total. A primeira proposta da liga tentava diminuir a fatia para 43%, mas as últimas ofertas já passaram dos 50%.

Em meio à discussão, os donos de franquias lacraram os ginásios, movimento conhecido como locaute – diferente, portanto, de uma greve. A crise já motivou o cancelamento de toda a pré-temporada, de 326 jogos e do Winter Classic, partida especial realizada a céu aberto.

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