Champs não reconhece rescisão do Vasco

Amplamente citada na mídia pela provável perda do contrato com o Vasco, a Champs não admite a proximidade do rompimento. A despeito de reconhecer o não pagamento de dois meses do contrato, a fabricante de material esportivo aguarda um posicionamento oficial do presidente Roberto Dinamite para tomar providências. ?O regime do Vasco é presidencialista. Eu ainda espero ter uma nova reunião com eles, porque da última vez eu pedi para que eles parassem de vazar notícias na mídia. Isso me prejudica, e as notícias continuaram saindo?, disse Mari Leandrini, proprietária da Champs, que ainda explicou os problemas financeiros: ?Eu não tenho dinheiro porque eu não consigo vender camisas. Quando eles soltam notícias contra mim, o mercado para. Ninguém quer comprar porque está esperando o modelo com a marca da ?Eletrobrás?. Eu já vendi até uma casa em Ilhabela para pagar o clube?. No Vasco, o clima é de expectativa sobre a rescisão. Segundo José Hamilton Mandarino, vice-presidente de futebol, o processo já está nas mãos do departamento jurídico, que deve resolver a situação até o fim da semana. ?As provas que nós temos são públicas. Essa é uma situação que vai ser solucionada imediatamente. Está tudo previsto no próprio contrato, até porque nós havíamos enviado uma notificação anterior?, disse o dirigente. Mandarino é, inclusive, o principal alvo das críticas da Champs. A empresa bate na tecla de que a demora no acerto com a Eletrobrás, que depende de uma certidão negativa de débito do INSS, atrapalhou os seus planos. Além disso, ressalta o papel de outros dirigentes no processo. ?Eu respeito muito o Vasco. Sempre fui bem tratada pelo presidente e por outras pessoas lá dentro, mas tem gente que quer me derrubar. Até o pessoal da Vasco Boutique não compra nossos materiais. Eu já pedi para eles venderem camisas em um quiosque durante os jogos, mas eles ainda estão analisando?, disse Leandrini. A principal crítica, no entanto, diz respeito ao espaço negativo que a empresa vem recebendo. Segundo a Champs, a quantidade de declarações do clube sobre os atrasos é uma prova de que a parceria está desgastada. ?Ninguém fala dos sacrifícios que a gente faz. Eles me pediram camisas para o Magno e o Aloísio em cima da hora e eu consegui mandar?, concluiu a empresária.

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