Champs vai à Justiça e vê perda com Vasco

Quase dois meses depois de ver o Vasco rescindir o contrato unilateralmente, a Champs vai processar o clube por perdas e danos. A ação já foi formulada, e a marca espera recuperar uma quantia considerável como indenização, já que calcula ter perdido cerca de R$ 4,8 milhões diretamente na parceria com os cariocas. ?Além do nosso investimento em material e logística, nós ainda sofremos uma perda moral. A marca foi execrada, e todo mundo sabe que é muito caro construir essa marca?, disse César Borel, gestor da Champs designado para o Vasco desde o início do ano. Na ocasião do rompimento, em maio, o Vasco alegou ter recebido apenas o valor referente a dois meses de contrato, além de problemas no fornecimento do material. A Champs alega ter entregado 10,8 mil peças das 25 mil previstas para o ano, e se defende dizendo que sempre tentou um acerto financeiro com a diretoria. ?O próprio Vasco deu um tiro no pé quando anunciou, em dezembro, o acordo com a Eletrobrás. Depois disso, nós tivemos muitas dificuldades para vender as peças para os lojistas, que já queriam o modelo novo. Mesmo assim, nós sempre buscamos o acordo. Temos até documentos comprovando isso?, disse Borel. O clube se defende dizendo que o prejuízo tornou-se insuportável. O constante descumprimento dos acordos teria sido a gota d?água para o Vasco, que preferiu romper unilateralmente após o fim do período de notificação. Hoje, inclusive, a diretoria prefere não entrar no mérito da entrega de material esportivo. ?Em um contrato desses você não tem apenas de fornecer um número determinado de itens. Tem de ver a necessidade de um clube, que às vezes precisa de um material específico. Mas eu nem quero abordar muito essa questão. Prefiro que a gente foque no lado financeiro?, disse Mandarino, vice-presidente de futebol do clube. ?As dificuldades deles são de conhecimento público. Ficou estampado que eles estão com um sem número de problemas. A decisão do rompimento foi a última que desejávamos, mas o Vasco não podia mais suportar aquela situação?, concluiu o dirigente.

Sair da versão mobile