Clube que mais gastou nos últimos anos, Manchester City caminha para ter lucro

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Clube que mais gastou no mundo de 2008 para cá, o Manchester City caminha para finalmente se tornar um clube sustentável. Segundo Khaldoon Al Mubarak, presidente do time, a agremiação está superando “um período de forte investimento” que foi necessário nos anos iniciais de investimento para tornar a equipe competitiva.

O atual campeão da Premier League registrou prejuízo de R$ 94,35 milhões na última temporada. Esse montante inclui uma multa de R$ 66,75 milhões por não seguir as regras da Uefa de fair play financeiro. O time também foi obrigado a inscrever apenas 21 jogadores para a Liga dos Campeões.

“O clube está no momento em que esperávamos alcançar quando começamos os as transformações há seis anos. Atravessamos o período de fortes investimentos necessários para fazê-lo competitivo. O crescimento comercial que estamos vendo hoje irá apoiar e sustentar nossas operações no futuro”, explicou Al Mubarak.

O sheik Mansour bin Zayed Nahyan investiu cerca de R$ 4,12 bilhões no clube desde que comprou o clube, em setembro de 2008. Apesar desse montante, os últimos balanços financeiros indicam que a equipe caminha para assumir um modelo sustentável. Em 2010/2011, as perdas foram da ordem de R$ 813,76 milhões. Na temporada seguinte, o prejuízo atingiu R$ 403,38 milhões. Finalmente, em 2012/2013, o rombo caiu para R$ 212,61 milhões.

Essa tendência se manteve na temporada passada, quando houve significativo aumento das receitas, fazendo o clube atingir um faturamento recorde de cerca de R$ 1,430 bilhão, um aumento de 28% em relação ao ano anterior. Os gastos com folha de pagamento também foram reduzidos, embora ainda representem a maior parte dos gastos: de 86% do total arrecadado para 59%.

Para evitar receber novas multas da Uefa, o Manchester City não poderia ter um prejuízo maior do que € 20 milhões na última temporada, uma meta que a diretoria conseguiu cumprir. Para a atual temporada, o clube não pode amargar perdas superiores a € 10 milhões, o que Ferran Soriano, diretor-executivo do time inglês, diz estar confiante em atingir.

“Neste ano, o Manchester City atingiu um novo nível de sustentabilidade financeira. Fizemos um orçamento para termos lucro em 2014/2015, e esperamos entrar na temporada seguinte sem sofrermos sanções ou restrições [de inscrição de atletas]”, contou o executivo. 

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