Clubes apostam em marcas próprias, e Topper “some” aos poucos

O final de semana foi de derrota dupla para a Topper. A fornecedora de material esportivo, que em 2019 começou a reduzir drasticamente sua relação de clubes patrocinados, viu Ceará e Figueirense, dois dos que ainda restavam com contrato, anunciarem a saída da fornecedora e a criação de uma marca própria para vender os produtos diretamente a seus torcedores.

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A saída da dupla deve gerar uma nova debandada da Topper daqueles clubes que mantiveram contrato com a empresa. Até o primeiro semestre de 2019, a marca perdeu os acordos que tinha com Atlético-MG, Botafogo, Vitória, Náutico e Paraná. Devem seguir o rumo de Ceará e Figueirense a partir do próximo ano a Ponte Preta, o Guarani e o Remo. Dos três clubes, apenas o Remo já sabe o que fazer. Deve anunciar um acordo com a Kappa, como fez o Botafogo. A dupla de times de Campinas estuda ainda se partirão para uma marca própria ou se terão um parceiro.

Foto: Reprodução / Twitter (@CearaSC)

O único clube que ainda persiste com a Topper é o Brasil de Pelotas. A equipe do interior gaúcho, que disputou a Série B este ano, ainda tem contrato com a fabricante. No site oficial da empresa, porém, as camisas do time já são vendidas por valores muito abaixo do mercado.

O anúncio das marcas próprias de Ceará e Figueirense aumenta a aposta dos clubes de pequeno e médio porte nessa segmentação de negócio. Desde 2017, vem crescendo o número de clubes que têm adotado a marca própria como forma de dar melhor atendimento ao torcedor e, assim, faturar mais com vendas.

Em 2020, na Série A do Campeonato Brasileiro, haverá um recorde de seis clubes utilizando marca própria em campo: além do Ceará, fazem parte do grupo Bahia, Fortaleza, Goiás e os recém-promovidos Atlético-GO e Coritiba.

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