Finalista do Campeonato Paulista de 2010/2011, o Winner/Limeira iniciou a competição desacreditado, superou tradicionais adversários e já venceu duas partidas da decisão contra o Pinheiros/Sky. A iminência do título estadual, entretanto, não animou o público da cidade a comparecer às partidas do Novo Basquete Brasil (NBB).
A equipe amarga maus desempenhos nas bilheterias. Contra o Vitória/Cecre, em 19 de dezembro, atraiu 127 torcedores e teve receita líquida de R$ 228, número bastante inferior ao de rivais. Além da final da competição paulista, fator que o clube julga desestimular fãs a assistir ao torneio nacional, o horário das partidas tem prejudicado.
“Os jogos estão acontecendo em horários não tão bons para o público”, lamenta Denis Fernando, assessor de comunicação do Limeira, em referência ao horário escolhido pela Liga Nacional de Basquete (LNB), às 11h de domingo. A média de público do Paulista, de cerca de mil pessoas, então, despenca para menos de 300 no NBB.
A queixa é compartilhada por Marcus Gil, diretor de marketing do Assis Basket, outra equipe que não tem emplacado boas bilheterias “O horário de domingo é terrível porque está bem no meio do almoço”, explica o dirigente. “O jogo começa às 11h e termina só às 13h, então perdemos famílias, público que rotineiramente comparece”.
A definição do horário, segundo Sérgio Domenici, gerente-executivo da LNB, tem como objetivo economizar despesas com diárias em hotéis. Caso os jogos fossem disputados durante a tarde, ainda, iriam coincidir com as transmissões de partidas de futebol, colisão que a entidade de basquete pretende eliminar totalmente.
De acordo com o dirigente, que já havia recebido reclamações similares sobre o horário, a entidade deve estudar alternativas. A mais plausível, na visão de Domenici, seria retirar os jogos do NBB do domingo por completo, mas não há certezas a respeito. Para Gil, adiantar os embates em uma hora, para as 10h, resolveria o caso.