Os seis clubes que disputam a LBF (Liga de Basquete Feminino) apresentaram ontem oficialmente, em São Paulo, suas propostas para a seleção feminina. A iniciativa é resultado do descontentamento das seis equipes que disputam a LBF com o planejamento da CBB (Confederação Brasileira de Basquete) para a Olimpíada do Rio de Janeiro-2016.
“Não queremos cargos, estamos em busca apenas do melhor para o basquete feminino”, afirmou Ricardo Molina, presidente do Corinthians/Americana, atual bicampeão nacional.
Além do time paulista, integram o grupo Santo André, Presidente Venceslau, Sampaio Corrêa, Maranhão e América-PE. Os clubes já avisaram que, caso não sejam ouvidos pela confederação, não irão ceder suas jogadoras para o evento-teste do basquete, marcado para janeiro, no Rio de Janeiro.
A reivindicação dos clubes se alicerça em três tópicos. Os times querem que a CBB forme uma comissão técnica integrada pelos treinadores de cada equipe que disputa o LBF. Esse grupo irá definir o planejamento da seleção brasileira, decidindo inclusive se o técnico Luiz Augusto Zanon continuaria à frente da equipe.
Os dirigentes dos clubes, por sua vez, acompanhem e sejam ouvidos sobre onde serão utilizados os recursos para a preparação do time feminino. “Queremos definir antecipadamente a questão dos pagamentos e premiações [para as jogadoras]”, afirmou Molina. A terceira reivindicação é que o evento-teste já seja a primeira convocação para a Olimpíada.
No mesmo dia, a CBB promoveu um encontro de dirigentes para discutir a situação do feminino. Marcado para o mesmo dia do fórum da LBF, esse encontro não contou com a presença de nenhum representante dos clubes.