O Produto Interno Bruto (PIB) influencia, pelo menos na natureza da empresa, os patrocínios que são feitos a clubes de futebol. A conclusão foi obtida pela Jambo Sport Business, agência de marketing esportivo, por meio de levantamento que analisou os patrocinadores máster de 1,7 mil equipes, divididas entre 122 países de todo o mundo. Nos dez mais ricos, os bancos prevaleceram sobre outros segmentos.
Dos 180 clubes de futebol sediados nas dez nações com maior PIB no planeta, 31 (17,2%) têm como principal parceiro uma instituição financeira; enquanto fabricantes de bens de consumo vêm em segundo lugar, com 22 (12,2%); seguidas por empresas de apostas, com 15 (8,3%); geradoras de energia elétrica, com 14 (7,8%); fabricantes de automóveis, com 11 (6,1%); entre outras áreas de atuação.
Não por acaso, os bancos só prevalecem sobre os outros em uma parte do globo: a Europa. No Velho Continente, 53,3% dos cotistas máster das equipes que compõem as respectivas primeiras divisões são oriundos do setor financeiro. Nas Américas do Sul, Central e do Norte, os bens de consumo estão à frente. Na África, o setor de telecomunicação predomina, e na Ásia e na Oceania, companhias de serviços.
O estudo também encontrou outras curiosidades, como o fato de haver alta concentração de empresas do mesmo segmento em determinado país. Das 16 equipes da Grécia, por exemplo, 13 são patrocinadas pelo ramo de apostas. No Chipre, por outro lado, há 14 clubes de ponta, e 12 deles têm como principal parceiro companhias de telecomunicações. Em alguns casos, porém, a mesma empresa apoia mais de um time.
Os ramos de atuação variam bastante, inclusive. O responsável pela pesquisa, Idel Halfen, diretor da Jambo, encontrou como cotistas máster igrejas, imobiliárias, academias, clínicas de odontologia e hospitais, mesmo se tratando apenas de times de futebol da elite de cada país. Até a indústria de cigarro aparece em alguns dos clubes, apesar de em muitos territórios haver restrições para publicidade de tabaco.