Clubes recorrem a parceiros para ativar times olímpicos

O time feminino de handebol do Santos

Na semana passada, o Santos apresentou uma parceria com a Cepe Clube 2004/Fupes para ter um time de handebol na disputa do Super Paulistão, principal competição estadual da modalidade.

O anúncio da parceria confirma uma tendência entre os clubes de tradição no futebol nos últimos anos. Em vez de investir em times próprios em outras modalidades, os clubes têm recorrido a parceiros para serem representados em competições de nível profissional.

“Acredito que, com a entrada do Santos também no handebol, poderemos fortalecer nossa equipe principal, atrair o interesse do público em geral e, também, fazer com que mais meninas se interessem em conhecer e praticar o handebol”, diz Eduardo Freire, diretor do Cepe Clube, sobre os motivos que aproximaram o clube do seu mais novo parceiro.

A força de atração da torcida do “clube de camisa” é o que geralmente leva essas equipes a buscar os clubes de maior expressão. Por outro lado, as agremiações que são fortes no futebol encontram uma forma de agradar associados que praticam outras modalidades, mas sem onerar o caixa do clube.

O Corinthians detém parceria similar no basquete feminino, com a equipe de Americana, e firmou outra recentemente com o Audax para um time de futebol feminino.

No Rio, o Fluminense recorre a parceiros para ter equipes em outras modalidades. No vôlei feminino, a instituição de ensino Facha é parceira do clube das Laranjeiras.

Flamengo e Vasco são os únicos a irem “contra” essa tendência. Os dois têm procurado montar projetos em Lei de Incentivo para ir ao mercado e manter times em modalidades profissionais como o basquete e o vôlei. Até agora, só o time do Flamengo no basquete que conseguiu atrair recursos suficientes para ter um time forte.

Há quatro anos, o Palmeiras acabou com seu tradicional time de basquete para não onerar a verba do clube, que passou a ser destinada apenas para o futebol.

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