O confronto entre Bahia e Vitória começou muito antes de a bola rolar. Neste domingo, na abertura oficial da Itaipava Arena Fonte Nova, as torcidas transformaram a festa musical realizada no gramado em um duelo futebolístico.
O movimento começou com a torcida do Bahia, que se apoderou de uma música cantada pelo mestre de cerimônias para introduzir gritos de “Tricolor”.
Os gritos ficaram ainda mais intensos quando a cantora Margareth Menezes foi chamada ao centro do gramado. Primeira artista convidada do novo estádio, ela entrou sob gritos de “Margareth é tricolor”.
Cláudia Leitte não encontrou uma recepção tão positiva. A torcida do Vitória reagiu, vaiou a entrada da cantora no gramado e começou a gritar o nome de Ivete Sangalo, que é torcedora da equipe rubro-negra.
No setor destinado à torcida do Vitória, Cláudia Leitte foi vaiada durante toda a apresentação. Além disso, o som dela foi abafado por músicas entoadas pela torcida rubro-negra.
A situação chegou a ponto de a cantora se virar para o outro lado do estádio, onde estava concentrada a torcida do Bahia. Depois, Cláudia Leitte ensaiou uma volta olímpica, mas percorreu apenas o setor dominado por adeptos tricolores.
A cantora foi a única artista a usar camisa de time. Enquanto ela apareceu no gramado com um uniforme do Bahia, todos os outros cantores trajavam branco.
Nem a cor, todavia, impediu que Ivete Sangalo fosse vaiada quando entrou no gramado. Ela recebeu apupos da torcida do Bahia, que havia defendido Cláudia Leitte. A situação da torcedora rubro-negra só melhorou porque ela interrompeu a apresentação musical para chamar ex-jogadores das duas equipes. Os ídolos receberam homenagens dos dois lados, e isso amenizou o clima.
Depois, todos os artistas que participaram do show voltaram ao meio do gramado e se apresentaram juntos. Margareth Menezes, Cláudia Leitte e Ivete Sangalo cantaram músicas alusivas ao Bahia e ao Vitória, e o clima entre as torcidas voltou a esquentar.
Válido pelo Estadual de 2013, o confronto entre Bahia e Vitória é o primeiro da Itaipava Arena Fonte Nova, que foi construída para receber jogos da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo do ano seguinte. Erguido por um consórcio formado por OAS e Odebrecht, o empreendimento custou R$ 689,4 milhões.
* Os repórteres viajaram para Salvador a convite do Grupo Petrópolis.
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