COB celebra medalhas e ?esquece? clubes

O Comitê Olímpico Brasileiro divulgou, nesta segunda-feira, uma mensagem de apoio e celebração às 68 medalhas conquistadas por brasileiros em competições internacionais no último fim de semana. O documento serviu para ressaltar a import”ncia da lei Agnelo/Piva para os esportistas, e ?esqueceu? do papel dos clubes na preparação dos mesmos. ?Os atletas brasileiros estão constantemente representando o país em competições internacionais. É importante alcançar resultados como esses para ratificar a import”ncia do trabalho desenvolvido conjuntamente entre o COB e as confederações, e a responsabilidade com que os recursos da lei Agnelo/Piva estão sendo aplicados para o desenvolvimento dos esportes olímpicos no Brasil?, disse Marcus Vinícius Freire, superintendente executivo de esportes da entidade. Os resultados em questão vieram de duas modalidades. No Aberto de Paris de Natação, preparatório para o Mundial do esporte, os brasileiros conquistaram 15 medalhas, sendo cinco de ouro. Já no Sul-Americano de atletismo, realizado no Peru, foram 53 medalhas, sendo 16 de ouro. O comunicado reforça a tese do COB, segundo a qual os recursos da lei Agnelo-Piva não devem deixar as mãos das confederações. Em fevereiro deste ano, as agremiações lançaram o Conselho de Clubes Formadores de Atletas Olímpicos (Confao), que pleiteou uma nova divisão com o Ministério do Esporte. ?Esse que é a grande coisa que nos incomoda. Nós fazemos e aí o Coaracy [Nunes, presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos], de quem eu gosto muito, e diz que a Confederação está pagando. Não dá para querer que o clube banque a seleção. Os atletas estão viajando em algumas competições pelo COB, mas é para isso mesmo que eles existem?, disse Sérgio Bruno Zech Coelho, presidente do Confao. A disputa aqueceu o debate sobre o benefício federal e chegou a mobilizar o Ministério do Esporte, que formou uma comissão para avaliar o assunto. O grupo não conseguiu concluir o estudo no prazo inicialmente estipulado, de 60 dias, e arrasta um desfecho até o momento. Atualmente, apenas o COB e o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) recebem e verba proveniente das loterias. Os clubes, por sua vez, entendem que merecem parte desse bolo por sustentarem os esportistas na maior parte do ano.

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