Coca-Cola finaliza Tour da Taça e busca deixar legado social

No último domingo (1), a Coca-Cola finalizou o Tour da Taça. A última parada foi São Paulo, ao lado do estádio Itaquerão, onde ocorrerá a abertura da Copa do Mundo. A grandiosa ação de ativação da marca patrocinadora da Copa começou no ano passado, passou por 90 países e pelas 27 capitais brasileiras. Mais de 450 mil pessoas visitaram a taça que será entregue ao time Campeão do Mundo no dia 13 de julho.

Em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte, Michel Davidovich, vice-presidente da Coca-Cola, fala sobre os 40 dias em que a marca ativou a campanha do Tour da Taça pelo país. Davidovich explica o legado que a Coca-Cola pretende deixar após a ação, no que a marca vai focar depois que entregar a taça para a Fifa e até sobre o que fica de aprendizado para os Jogos Olímpicos do Rio 2016.

 

Máquina do Esporte: O Tour da Taça foi a maior ação de vocês em Copas?
Michel Davidovich: Certamente foi a mais intensa. A gente rodou as 27 capitais do país durante 40 dias. E em cada cidade a gente ficava com o evento funcionando das 9h às 21h, e tivemos um sucesso muito grande. Estamos muito contentes com o resultado.

Máquina do Esporte: Por que o posicionamento de focar mais no Tour?
Michel Davidovich: A gente acredita que esse evento é muito grande, muito grandioso. E mais do que a celebridade, é um evento que toca todo mundo. E como a nossa campanha é “A Copa de Todo Mundo”, a gente realmente focou em tentar abranger o maior número de pessoas. Um exemplo é o Tour da Taça, que teve mais de 400 mil pessoas em todo o Brasil. Então esse é o nosso foco, é realmente tentar aproximar as pessoas do evento. Dar a oportunidade para a população comum se engajar na Copa do Mundo.

Máquina do Esporte: Qual é a importância da iniciativa do “Campeão Anônimo”?
Michel Davidovich: A taça só pode ser tocada por campeões do mundo e Chefes de Estado, e nós achamos que seria importante até para humanizar um pouco mais esse tema da taça da Copa do Mundo. E celebrar também os campeões do dia a dia, aquelas pessoas que fazem a diferença nas suas comunidades. Portanto, em cada uma das 27 capitais nós selecionamos um campeão local para representar todos aqueles campeões da cidade que contribuem para a sociedade.

Máquina do Esporte: Essa é a primeira vez que a Coca-Cola faz esse tipo de ação?
Michel Davidovich: Sim. Essa foi uma ideia que surgiu aqui no Brasil e foi muito positivo. Nós tivemos histórias muito bonitas de campeões, de pessoas que realmente fazem a diferença nas suas comunidades, que puderam receber essa homenagem junto com um campeão mundial. Foi muito bacana.

Máquina do Esporte: Como vocês pretendem trabalhar o legado deixado por essa ação?
Michel Davidovich: A gente tem aí uma série de iniciativas que vão acontecer durante a Copa do Mundo que vai ajudar a gente a consolidar três legados que a gente vem trabalhando: a reciclagem, a vida ativa e o desenvolvimento das comunidades. No caso da reciclagem, a gente vai gerenciar todo o resíduo sólido dos estádios. A gente treinou 840 catadores de material reciclável e eles estarão dentro dos estádios da Copa fazendo toda a gestão de resíduos. Na parte da vida ativa, a gente tem um programa da Copa Coca-Cola que a gente trouxe para o Brasil em 2011. E os campeões da Copa Coca-Cola vão estar dentro de campo, serão gandulas da Copa do Mundo. E em termos de desenvolvimento das comunidades nós temos os centros de capacitação chamados Coletivo. São mais de 100 unidades em todo o Brasil. E nós teremos algumas dessas pessoas do Coletivo, que foram formados por nós, trabalhando dentro dos estádios, nos bares, e por aí vai. A Copa traz essa grande oportunidade para consolidarmos esses legados sociais.

Máquina do Esporte: O que vocês vão fazer depois de entregar a taça para a Fifa?
Michel Davidovich: Agora a gente entra com a campanha convidando as pessoas a se juntarem. “Junte todo mundo com uma Coca-Cola”, esse é o nosso lema. Então a gente começou trazendo para as nossas latas de Coca-Cola os scripts de todo o mundo. Então vão estar nos mercados Coca-Cola da China, do Japão, de vários países onde a gente opera. E a gente também estará dentro dos estádios, nos fan-fests, na rua, fazendo a campanha e celebrando a união.

 

Máquina do Esporte: Qual é o balanço que vocês fazem do Tour?

Michel Davidovich: Um balanço extremamente positivo. Mais de 400 mil pessoas passaram pelo Tour. Tivemos a oportunidade de levar esse símbolo tão importante do esporte mundial para cidade como Palmas, onde 14 mil pessoas visitaram o Tour da Taça – isso corresponde a 7% da população da cidade. A gente também levou para o Macapá, levamos no Marco Zero, que é onde passa a Linha do Equador. Então essa taça realmente colocou muitas pessoas que não teriam oportunidades de estar em contato com a Copa do Mundo, e colocou todas elas nesse espírito de Copa, o que é uma coisa muito positiva.

 

Máquina do Esporte: Como a Copa impacta os negócios da Coca-Cola?
Michel Davidovich: A gente trata a Copa do Mundo como uma marca não só de marketing, mas de negócio. Claro que a gente está ativando a marca, mas a gente também está usando a Copa do Mundo como uma oportunidade para a gente mostrar as nossas plataformas sociais, e também engajar os funcionários no próprio sistema Coca-Cola. A gente tem também nossos clientes e consumidores. É uma plataforma bastante holística e a gente tenta tratar isso para que tenha um impacto não só no curto prazo, mas também no médio e longo prazo para a companhia.

Máquina do Esporte: O que fica de aprendizado para os Jogos Olímpicos do Rio 2016?
Michel Davidovich: Os aprendizados são muitos. A gente tem um time de mais de mil pessoas que foi treinado para a Copa do Mundo que está pronto para trabalhar nas Olimpíadas. Então, em termos de capacitação profissional para eventos, a gente tem não só no Brasil inteiro mas especificamente na Coca-Cola, nós temos um time muito bem preparado que certamente vai conseguir fazer uma bela Olímpiada também no Rio 2016.

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