O presidente da Uefa, Michel Platini, lançou candidatura oficial à presidência da Fifa. O dirigente será um dos nomes na eleição, marcada para dia 26 de fevereiro. O ex-jogador da França conta com apoios importantes, garimpados nas federações nacionais, além de patrocinadores como a Adidas.
“É uma decisão muito pessoal, cuidadosamente pensada, em que pesei mais que o futuro do futebol, o meu próprio”, afirmou o dirigente, em carta enviada às 209 federações que fazem parte da Fifa.
Platini, que conta com o apoio da maior parte das federações europeias, está de olho em conseguir aval também das entidades filiadas à Conmebol e Concacaf. As confederações da América, envolvidas em recente escândalo de corrupção, agradeceram que Platini não tenha posto empecilhos para que a Copa América do Centenário, planejada para 2016, seja disputada no mesmo período da Eurocopa.
A crise de imagem da Fifa levou Blatter a renunciar ao cargo apenas quatro dias depois de ser reeleito ao cargo. O dirigente estava à frente da entidade desde 1998. “Em 26 de fevereiro voltarei ao meu antigo trabalho de jornalista”, ironizou o suíço, dizendo que não pretende assumir nenhum papel no futebol depois de sua saída da Fifa.
Platini, por sua vez, critica o continuísmo na federação de futebol. “Durante o último meio século, a Fifa só tem tido dois presidentes; esta estabilidade extrema gera um paradoxo em um mundo que sofreu alterações radicais e em um esporte que teve consideráveis mudanças econômica”, declarou Platini.
O príncipe Ali Bin Al-Hussein, da Jordânia, derrotado por Blatter nas eleições de 29 de maio, já anunciou sua intenção de disputar novamente o cargo. O dirigente, porém, terá agora que avaliar como a oficialização da candidatura de Platini o irá afetar, já que havia obtido apoio de várias federações europeias na eleição passada.
Outros candidatos que já avisaram a intenção de se lançar são o ex-jogador Zico, Musa Bility, presidente da Federação da Libéria, e Michael Van Praag, presidente da federação da Holanda, que chegou a se candidatar na eleição passada, mas acabou renunciando antes do pleito.