Com astros europeus, MLS pode dar salto em popularidade

Nesta semana, o New York City, time recém-criado, fechou com dois astros do futebol mundial: o espanhol David Villa, ex-Atlético de Madrid, e o inglês Frank Lampard, ex-Chelsea. Para a MLS, a liga de futebol dos Estados Unidos, as duas contratações podem representar mais um salto no apelo do torneio para os americanos.

A questão é que a qualidade do jogo ainda é o principal entrave para o crescimento da MLS, como já havia dito o diretor técnico da liga, Jeff Agoos, à Máquina do Esporte. Nesta semana, a SportsBusiness Journal e a Turnkey Intelligence divulgaram pesquisa comprovando que, de fato, essa é uma preocupação latente dos fãs de esporte dos Estados Unidos

Segundo o levantamento, a qualidade do jogo é o principal fator que impede um maior envolvimento com a MLS, à frente até da concorrência dos campeonatos europeus. Quando a pesquisa pediu por sugestão para popularizar a liga, apenas um maior espaço na televisão teve mais votos do que o nível técnico das partidas.

Para Jeff Agoos, o objetivo é fazer da MLS a melhor liga de futebol do mundo ainda em 2022. Segundo o dirigente, quatro itens serão priorizados para isso: qualidade dos jogadores, engajamento dos torcedores, relevância para o mercado e valor da empresa. “A NFL, nos anos 70, tinha um valor de mercado de US$ 200 milhões. Hoje, já está em alguns bilhões”, exemplificou.  

Nos Estados Unidos, o levantamento da SportsBusiness mostra que o público do futebol ainda é formado pelo fã de esporte em geral. Entre os que gostam de futebol, apenas 33% o tem como modalidade favorita e 85% afirmam acompanhar também o futebol americano, que detém a máxima preferência nos Estados Unidos.

Para atrair mais torcedores e torcedores mais fieis, a MLS tem apostado em jogadores de renome para jogar a liga. O nome mais emblemático foi de David Beckham, astro inglês que atuou no LA Galaxy antes de se aposentar. Atualmente, o francês Thierry Henry mantém o maior destaque, atuando no outro time de Nova York, o Red Bulls. Outro nome de destaque é Landon Donovan, americano que também joga no time de Los Angeles.

Nesse cenário, entra New York City FC. O time foi fundado em 2013, mas só deve estrear na MLS em 2015. O dono majoritário é o Manchester City, mas conta com investimentos da tradicional equipe de beisebol New York Yankees. A nova equipe deverá, inclusive, atuar no Yankee Stadium, novo estádio do time.

Hoje, a situação ainda é inusitada, fora dos padrões de um time de futebol da Europa ou da América Latina. O New York City tem alto investimento e dois craques no elenco. O resto dos jogadores ainda não existe e os torcedores serão restritos a fãs do esporte que se interessem pelo futebol. Um pouco como a própria MLS. 

Sair da versão mobile