O potencial para negócios de um clube de futebol, entre outros indicadores, pode ser medido com base na quantidade de torcedores e na frequência com que eles interagem com a equipe, por exemplo, ao ir ao estádio ou ao comprar produtos licenciados. Por essa razão, de olho no crescimento da torcida, o Avaí decidiu “batizar” crianças.
O “Batismo Avaiano”, como foi designada a ação criada pelo departamento de marketing do time catarinense, consiste em cerimônias a serem organizadas três ou quatro vezes por ano. Nelas, pais levam bebês ao clube e iniciam jornada de brindes e promoções que buscam não apenas envolver a criança, mas toda a família.
“Cada avaianinho terá um padrinho que será responsável pela vida avaiana na falta do pai ou da mãe”, explica Sidnei Luiz Speckart, assessor de marketing do Avaí. “Caso eles não possam ir com a criança ao estádio, esse padrinho tem a responsabilidade de levá-lo, e isso é gerar relacionamento desde o nascimento”.
A iniciativa catarinense é similar à desenvolvida pelo São Paulo no fim de 2007, quando criou o “Batismo Tricolor”. À época, o clube paulista determinou que pais poderiam “batizar” um bebê e ganhar série de brindes, entre camisa oficial e certificado, por R$ 120. A diferença, porém, é que o Avaí busca manter a criança até os 12 anos.
Por enquanto, ainda não se sabe quantos bebês serão admitidos nas primeiras cerimônias, e estuda-se a possibilidade de, a princípio, aceitar crianças mais velhas, para emplacar a ideia. Com o tempo, caso o batismo se popularize, o Avaí espera estimular nova safra de torcedores emocionalmente vinculados ao time.