Se você ligar a televisão para assistir a uma partida de futebol e se deparar com atletas vestidos de amarelo, não confunda: não é, necessariamente, a seleção quem está em campo. Mais da metade dos clubes da primeira divisão do futebol brasileiro possui uniformes desta cor.
Agora são 11 dos 20 times graças à Penalty, que acaba de apresentar camisa dupla face –amarela apenas do lado avesso – para Figueirense e São Paulo. Os patrocinados pela marca que estão na segunda divisão – Vasco, Santa Cruz e Ceará – também receberam o produto.
A Nike já tinha lançado roupas para Bahia, Corinthians, Coritiba, Internacional e Santos; a Umbro, para Atlético-PR (o modelo é azul, mas se encaixa no mesmo contexto) e Chapecoense; a Adidas, para o Palmeiras; e a Olympikus, para o Cruzeiro.
A CBF notificou extraoficialmente as concorrentes da marca americana, fornecedora de materiais esportivos da seleção, por se associarem indiretamente à equipe nacional. A entidade quer proteger os interesses dos patrocinadores dela e conseguiu resultados.
A Umbro, embora diga não ter recebido nenhuma notificação, por precaução, suspendeu as vendas das camisas amarelas. Já a Adidas, que também nega ter sido cobrada pela CBF, diz ter mantido as vendas normalmente. O primeiro lote de camisas amarelas do Palmeiras esgotou, ainda no ano passado, foi reposto neste ano e voltou a acabar. Hoje, não há como comprá-las.
Penalty e Olympikus não responderam à reportagem se as vendas dessas camisas amarelas prosseguem mesmo com a reprovação da CBF. E a Nike, claro, vende uniformes dos clubes dela sem nenhuma dor de cabeça.
Atlético-MG (Puma), Botafogo (Puma), Criciúma (Kanxa), Flamengo (Adidas), Fluminense (Adidas), Goiás (Puma), Grêmio (Topper), Sport Recife (Adidas) e Vitória (Puma) não possuem uniformes de jogo em alusão à seleção.