Com cards, Panini mira abertura de mercado brasileiro

Na última segunda-feira, a Panini lançou o álbum oficial da Copa do Mundo. Antes, porém, apresentou aos convidados os Cards do Mundial, uma novidade para o público brasileiro. E a ideia é justamente divulgar para os consumidores esse produto, popular em outros países, mas sem apelo na sede da Copa do Mundo de 2014.

A coleção abrange 416 cards com jogadores das 32 seleções. Além do tamanho e da qualidade, a grande diferença para as figurinhas está no preço. O envelope com seis cartões será vendido por R$ 4,90. No lugar de um álbum, há a venda de uma pasta com local de plástico para armazenar as imagens.

A estratégia é divulgar esse modo de coleção, como afirmou o diretor comercial da Panini no Brasil, Márcio Borges. “Nós temos direito de usar diversas licenças que temos no mundo, mas no Brasil não tem apelo. Nessa hora é que entra os cards”, explicou.

Assim como faz com a Copa do Mundo, a Panini mantém o direito de licenciamento de ligas esportivas estrangeiras, caso da Liga dos Campeões e da NBA. Diferente do Mundial da Fifa, esses outros produtos têm pouquíssimo apelo no Brasil.

Caso os cards façam sucesso no Brasil, abriria uma possibilidade para a venda dos cards de outros esportes, com um material mais sofisticado que as figurinhas e sem a necessidade de um álbum, de uma coleção completa.

O Brasil é o país que mais consume o álbum da Copa do Mundo, mas isso não significa que o mercado brasileiro seja o principal da Panini. “Infelizmente, nós não somos o país de maior venda. Os álbuns do Campeonato Italiano, por exemplo, vendem mais do que o álbum do Campeonato Brasileiro”, exemplificou Márcio Borges.

Para divulgar os cards mundialmente, a Panini criou um jogo online em que o consumidor registra o produto no site e faz a escalação do seu time. Cada atleta do card tem um atributo marcado, e a partida é vencida por quem apresenta uma seleção com os melhores números.

A distribuição do novo produto também foi uma preocupação da Panini. Para atingir seus objetivos, a empresa fechou com a Copag, especializada na fabricação de cartas. Antes focada em baralhos, hoje a companhia faz também produtos destinados ao público infantil. 

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