O São Paulo está com dificuldade comum no futebol brasileiro: precificar o ingresso. Após passar por uma experiência com preços baixos e arquibancadas cheias, o clube resolveu subir o valor do ingresso mais barato, mas tem enfrentado resistência de seus torcedores. Para piorar, os rivais da cidade, com estádios novos, passam pelo processo contrário.
Para a partida contra o San Lorenzo, pela Copa Bridgestone Libertadores, o clube lançou uma promoção em que o torcedor pode levar um acompanhante gratuitamente caso faça a compra pela internet. O benefício é para sócios-torcedores e aqueles que não comprarem meia-entrada.
O preço segue alto: R$ 120 para a arquibancada. Contra o Danúbio, pela mesma Libertadores, foram 16 mil pessoas no Morumbi, pior público do time no torneio sul-americano em 23 anos. Mas a renda passou de R$ 1 milhão.
O clube alega que o sistema de venda passa por um processo de reformulação, o que tem atrapalhado a presença do torcedor. A promessa é que os problemas sejam sanados até abril. No Campeonato Brasileiro de 2013, quando resolveu abaixar os preços a uma média de R$ 10 por tíquete, o São Paulo conseguiu público de 30 mil pessoas por partida, com faturamento de R$ 344 mil.
No atual Campeonato Paulista, em que o preço mínimo de R$ 40 é estipulado pela Federação Paulista, os resultados têm ficado bem abaixo dos rivais Corinthians e Palmeiras. No clássico contra o time alvinegro, quando houve promoção para as mulheres, o público ficou em 18 mil pessoas.
Já a valorização do sócio-torcedor tem surtido efeito. Desde dezembro, o time ganhou 17 mil novos associados, chegando a 53 mil membros, segundo o Movimento por um Futebol Melhor.