Em crise por conta de queda nas vendas de bebidas, a Viton 44 quer rescindir contratos de patrocínio com Vasco e Fluminense no final do ano. O compromisso entre a empresa e os clubes cariocas é de dois anos. Mas Neville Proa, dono da Viton 44, espera dar fim ao vínculo.
“A situação brasileira está tremendamente terrível. As empresas estão funcionando no limite. Vou conversar com Fluminense e Vasco. Se eles aceitarem [a rescisão], tudo bem. Se não aceitarem, vou ser obrigado a cumprir [o contrato]”, afirmou o executivo.
“A situação está preta. Muita gente está afundando”, acrescentou Proa, que no momento está investindo em uma filial nos Estados Unidos.
Segundo ele, nos últimos meses, a empresa foi obrigada a demitir 170 funcionários ou 23% do total da empresa. “As vendas no inverno costumam ser mais baixas. Mas, neste ano, a queda nas vendas foi enorme em relação à 2014. Não quero quebrar minha empresa por causa da subida do dólar. Tudo aumentou”, lamenta o executivo.
No Fluminense, a Viton 44 assinou no final de 2014 para se tornar patrocinador máster de camisa. A empresa substituiu uma longa parceria entre o clube das Laranjeiras e a Unimed. Já no Vasco, a empresa de bebidas ocupa as mangas do uniforme, mesma exposição que conta na camisa do Flamengo.
“O contrato com o Flamengo termina no final do ano. Então, não teremos probelma”, afirmou Proa, que não deve renovar o vínculo com o time rubro-negro.
A Viton 44 também patrocina o Volta Redonda, que disputa a Série D do Brasileiro mas já não tem mais chance de classificação à segunda fase do torneio.
O grupo Viton 44 produz, segundo o site da empresa, 30 milhões de copos de Guaravita e 8 milhões de garrafas de Guaraviton por mês, com 326 distribuidores por todos os Estados do Sudeste do país.