Com doença degenerativa, nadadora é exemplo de superação em Paralimpíada

A nadadora Susana Schnarndorf disputa prova

Quando entrar na piscina para os 200 m medley, Susana Schnarndorf provavelmente dará suas últimas braçadas na tentativa de conquistar mais uma medalha paralímpica.

Aos 48 anos, a ex-triatleta sabe que cada dia se aproxima do fim. Com uma doença degenerativa, Susana está perdendo cada vez mais os movimentos do corpo.

A MSA (Atrofia Múltipla de Sistemas) tem progredido no corpo de Susana, que conseguiu a vaga ao Jogos do Rio exatamente por ter sido reclassificada no começo deste ano, saindo da categoria SB6 para a SB5, o que permitiu a ela não apenas ganhar a vaga aos Jogos como já conquistar uma medalha, a de prata, no revezamento misto 4 x 50 m livre.

Hoje, Susana cai nas águas do Rio para tentar a inédita medalha em competição individual. A conquista na primeira semana das Paralimpíadas, porém, já foi marcante.

“Para a medicina, eu não estaria aqui. Várias vezes tive medo de a doença me vencer. Eu tenho muita paixão pelo que faço, tenho muita vontade de estar aqui, e eu consegui. Várias vezes eu fiquei com medo de não conseguir chegar até aqui, de eu não estar viva para viver isso”, afirmou, em lágrimas, a nadadora.

Recentemente, Susana foi uma das estrelas do filme Paratodos, que retrata o cotidiano de grandes atletas paraolímpicos brasileiros. Representante do Time Nissan, ela também conta com o apoio das Loterias Caixa e do programa Bolsa Atleta Pódio.

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