A partir desta sexta-feira (3), até a próxima segunda, é realizada em São Paulo a 15ª edição do Interfederações de golfe. O torneio é integrados pela elite da modalidade no país, com atletas das quatro principais federações: paulista (FPG), paranaense e catarinense (FPCG), centro-oeste e nordeste (Fecong) e do Rio de Janeiro (FGERJ). Apesar do alto nível técnico, porém, a competição não tem patrocinadores.
Neste ano, o torneio será disputado no Ipê Golf Club, em Ribeirão Preto, cidade do interior de São Paulo. A Confederação Brasileira de Golfe (CBG), ao contrário de outros campeonatos, apenas dá a chancela necessária para que esse seja oficial, mas não é responsável por captar aportes. Esse papel é relegado às federações, que, por sua vez, não dispõem de departamentos específicos para desempenhar essa função.
Não se pode dizer, por outro lado, que a FPG seja mal estruturada. A presidência é composta por presidente e quatro vice-presidentes, incluindo um específico para o marketing, e a direção ainda conta com outros 19 nomes. A entidade reúne aproximadamente 59% dos golfistas do Brasil e realiza 36 torneios por ano, mas, a exemplo do que faz a CBG, não possui patrocinadores fixos.
Os aportes são negociados por competição e, no caso do Interfederações, nenhum negócio foi fechado. Atualmente, a entidade oferece diversas propriedades, como placas de campo, backdrop, testeira do placar, inserção de marcas em jalecos, pôsteres, banners, cartões de jogo, site oficial e criação de áreas promocionais.
Com federação estruturada, chancela da entidade máxima do esporte no país, maioria dos praticantes moradores do Estado, diversidade de propriedades e participação dos principais atletas do Brasil, portanto, a falta de parceiros se torna curiosa.
“Patrocínios muitas vezes advêm de empresas que tem em seu staff golfistas aficionados”, explica Ana Paula de Almeida, agente publicitária que integra o marketing da FPG. O Interfederações 2010, por algum motivo, não atraiu esses investidores.
Entenda como a CBG negocia aportes: