Com empurrão da televisão, Arsenal multiplica lucro em vinte vezes

Foto: Reprodução / Twitter (@Arsenal)

O Arsenal tem muito o que comemorar quando o assunto é a última temporada. Dentro de campo, o título da Copa da Inglaterra transformou o clube no maior vencedor do torneio, com 13 conquistas. Depois, os Gunners ainda levantaram outra taça, a da Supercopa da Inglaterra. Para melhorar, as duas vitórias vieram em confrontos com o rival Chelsea.

Fora das quatro linhas, também há muito o que o clube londrino celebrar. Entre 2016 e 2017, o Arsenal cresceu nada menos do que 21%, com uma arrecadação superior a 482 milhões de euros. O lucro ultrapassou os 51 milhões de euros, número vinte vezes maior do que na temporada 2015/2016.

Os números podem ser explicados, em grande parte, pelos novos contratos de televisão, que são alinhados pela Premier League. A receita do clube apenas com os direitos de TV aumentou cerca de 226,5 milhões de euros, um número 41,3% maior do que na última temporada, em especial pelos acordos com a Sky e a BT Sport.

Os novos contratos, na verdade, ajudaram não só o Arsenal como também todos os clubes que disputam o campeonato inglês da primeira divisão. Como já divulgado na Máquina do Esporte na última semana, o Manchester United também foi bastante beneficiado, com um volume de negócios ordinário de cerca de 656 milhões de euros, um salto de 12,8% de crescimento.

Para os Gunners, outro número a ser celebrado é o que resulta dos negócios comerciais do clube. Graças à assinatura de novos patrocínios secundários (Octopus Energy, MTN, Universal Pictures e Cavallaro Napoli) e renovação de outros (Gatorade, MBNA e BNN Technology), houve um aumento de 10% nessa receita, alcançando 103,6 milhões de euros.

Quanto ao acordo com a Puma, fornecedora de material esportivo do clube, também não há o que reclamar. As vendas de produtos licenciados atingiram quase 30 milhões de euros, um valor considerado bastante rentável.

Para fechar, uma das razões para o forte aumento do lucro líquido foi a contenção dos custos salariais, que aumentou em apenas cinco milhões e chegou a cerca de 228 milhões de euros. Para se ter uma ideia da diferença, nos três anos anteriores, o clube havia gastado 200 milhões de euros na tentativa de fortalecer a equipe dentro de campo. Segurar os gastos ajudou, e muito, nos números finais da temporada.

Para a temporada atual, a intenção é melhorar o lado financeiro ainda mais. Ao lado dos outros cinco clubes mais ricos da Premier League (Manchester United, Liverpool, Chelsea, Tottenham e Manchester City), o Arsenal tenta instaurar uma “desigualdade” na receita dos direitos internacionais de televisão. Os “big six” exigem receber mais do que os outros clubes que disputam a Premier League, por considerarem que são mais assistidos pelos torcedores espalhados pelo mundo.

A decisão sobre o assunto deve sair na próxima quarta-feira (4), durante uma reunião que será realizada em Londres.

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