Dentro de campo, a China ainda está longe do protagonismo; no ranking de seleções da Fifa, o time ocupa apenas a 96ª posição. Mas, nos bastidores, a conversa é outra. O país asiático tem se mostrado cada vez mais forte no esporte e, na última semana, ele se colocou claramente como uma potência no segmento. Ao menos na questão financeira.
O Grupo Wanda assinou na última sexta-feira um contrato global com a Fifa, tornando-se assim um dos principais parceiros da entidade ao lado de marcas gigantes como Adidas, Coca-Cola e Visa. O acordo será válido até o fim da Copa do Mundo de 2030.
O conglomerado chinês é um gigante do ramo imobiliário, dono de um faturamento de US$ 40 bilhões, com o manejo de cinemas, hotéis e empreendimentos diversos. No início deste ano, a empresa adquiriu o estúdio americano Legendary, responsável por megaproduções como Jurassic World. A transação girou US$ 3,5 bilhões. No futebol, a o grupo detém 20% do Atlético de Madrid.
E esse não é o primeiro negócio que envolve a Fifa e um gigante chinês. No fim de 2015, a entidade anunciou a Copa do Mundo de Clubes passaria a ter como principal parceira o Grupo Alibaba, focado em e-commerce. A empresa substituiu a Toyota, que por décadas apoiou o evento, antes chamado de Copa Intercontinental.
O investimento chinês no futebol não está focado apenas no exterior, como o torcedor brasileiro já sabe bem. Na janela de transferência de janeiro, o país contratou os principais jogadores do campeão nacional, o Corinthians. No período, a China liderou o período de contratação em valores, a frente até do poderoso futebol inglês.
Por trás dos clubes chineses, não há o súbito interesse da população pelo esporte, mas sim o amplo apoio de empresas estatais, além do suporte de marcas como o próprio Alibaba.