Em um mercado no qual não há referências para estimar o valor de naming rights de estádios, o Grêmio já tem uma previsão de quanto pretende arrecadar com a comercialização do nome da futura arena. Espera-se receber R$ 100 milhões, em um contrato de dez anos de duração. Para alcançar esse número, o clube conta com a Rede Globo.
Na negociação referente aos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro de 2012 a 2015, finalizada em março deste ano, ficou combinado que a emissora iria citar o nome do estádio gremista. A posição contraria a linha adotada pelo canal até hoje, mas o acordo será cumprido, segundo Eduardo Antonini, vice-presidente do clube.
Com esse compromisso da Globo em dizer o nome de patrocinador nas transmissões, o Grêmio está confiante de que a estimativa irá se cumprir. Em hipótese mais otimista, em um pacote composto por outras propriedades comerciais, como camarotes e espaços publicitários na arena, esse valor pode chegar até R$ 15 milhões anuais.
Como ainda não há nenhum caso de venda dos naming rights no Brasil, a comparação mais próxima é com a Arena Palestra, atualmente sendo construída por Palmeiras e WTorre. Os paulistas pretendem arrecadar R$ 350 milhões em acordo de 20 anos, isto é, R$ 17,5 milhões anuais. A proposta mais alta existente chegou a 20% desse valor.
A previsão de conseguir entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões com o nome da Arena Grêmio, dependendo da quantidade de propriedades envolvidas, faz parte de plano para arrecadar R$ 100 milhões anuais com todos os espaços comerciais do estádio. Toda a renda será dividida a partir do oitavo ano com a OAS, construtora parceira na obra.
Procurada pela Máquina do Esporte para comentar o caso, a Globo não pôde atender à reportagem até o fechamento deste texto.
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