Com imóveis, América-MG busca R$ 11 milhões anuais

Verba não chegaria em tempo de salvar clube no Brasileiro deste ano

Verba não chegaria em tempo de salvar clube no Brasileiro deste ano

Venda de atletas? Direitos de transmissão? Patrocínios? Bilheterias? Em posição desconfortável em comparação a outros clubes da primeira divisão do Campeonato Brasileiro nesses quesitos, o América-MG está apostando em outra fonte de receita para se fortalecer: patrimônio imobiliário. A meta? Amealhar R$ 11 milhões anuais.

Além do estádio Independência, cuja reforma deverá ser concluída pelo governo de Minas Gerais até o fim deste ano, a equipe possui área de 21,2 mil metros quadrados no bairro de Ouro Preto, em Belo Horizonte, e terreno de 73 mil metros quadrados em Contagem, município situado a 21 quilômetros da capital mineira.

O intuito é fazer com que esses dois locais se tornem em fontes de renda, pois apenas geram custos com manutenção e impostos, quando não são invadidos por gente. A primeira e mais bem sucedida tentativa foi a locação de terreno para construção de shopping por parte da Aliansce, administradora dessa espécie de empreendimento.

Desde abril de 2010, quando o shopping foi inaugurado, o América-MG recebe em torno de R$ 150 mil mensais pelos 50% que lhe cabem no negócio, mais correção sobre o faturamento. “Da mesma maneira, estamos buscando construtoras para os outros terrenos”, afirma Olímpio Naves, responsável pelo marketing do clube.

Para a posse localizada em Contagem, fora de Belo Horizonte, a agremiação fez estudo para descobrir se o empreendimento ideal para o local era um shopping. Diferentemente do previsto, a pesquisa apontou que o melhor negócio a ser feito seria a construção de condomínio residencial, e então parceira foi procurada para tal.

Atualmente, a construtora MRV está incumbida de fazer estudo ambiental para apresentá-lo à prefeitura da cidade e convencê-la de que a construção é sustentável. Com condomínio composto por sete ou nove prédios, o terreno passaria a gerar cerca de R$ 8 milhões anuais ao clube mineiro, segundo o dirigente do time.

A situação da área no bairro de Ouro Preto, em região nobre de Belo Horizonte, é similar. A Direcional Engenharia ofertou construir condomínio residencial no local, e a renda com o espaço saltaria de R$ 19 mil mensais para R$ 250 mil mensais – algo em torno de R$ 3 milhões anuais, para que o número condiga com o exemplo anterior.

O destino desse dinheiro a ser recebido pelo América-MG já está previamente determinado. Metade será usada para investir em novos patrimônios, enquanto a outra metade será usada para reforçar a equipe. Em último lugar no Brasileiro desta temporada, entretanto, o fôlego financeiro fará diferença apenas no ano que vem.

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