Com “Meca” esportiva, Japão quer 30 ouros em Tóquio 2020

Sede da próxima edição dos Jogos Olímpicos, o Japão quer alcançar sua maior participação na história da competição em Tóquio 2020. Para isso, aposta em uma estrutura que é o sonho de qualquer atleta do mundo, o Ajinomoto National Training Center (ANTC), e ainda na filosofia da multinacional, que além dos naming rights do centro esportivo, ainda dá suporte nutricional aos atletas da delegação japonesa.

LEIA MAIS: Análise: Japão dá aula de como lidar com Olimpíada

Inaugurado em 2008 como National Training Center (NTC), o local de treinamento dos atletas do Japão passou a ter a Ajinomoto como parceira no ano seguinte e pode ser considerado uma “Meca” do esporte. É, sem dúvida, um dos grandes sonhos de consumo de qualquer esportista do mundo. A Máquina do Esporte visitou o local na última quinta-feira (14) e pôde comprovar a “fama”.

Em três andares, o prédio principal dá todo o suporte possível aos atletas de diversas modalidades. No primeiro andar, por exemplo, o foco é no judô e no tênis de mesa. No segundo andar, há handebol, basquete e boxe, enquanto no terceiro aparecem ginástica artística, vôlei e badminton.

LEIA MAIS: Ajinomoto quer judô brasileiro no patamar do japonês em 2028

LEIA MAIS: Sonho de medalha faz Ajinomoto “fugir” de esporte popular

Em um prédio anexo, o foco é no tênis, com quatro quadras. Além disso, ainda há, em um terceiro espaço, este aberto, uma pista de atletismo que contempla todas as modalidades do esporte mais famoso dos Jogos Olímpicos. O complexo ainda abriga o Japan Institute of Sport Sciences (JISS), criado oito anos antes do ANTC, que possui o que há de mais moderno em tecnologia associada ao desempenho esportivo, com espaço para pesquisas e análises de desempenho.

Fotos: Raphael Campanholi

Para fechar, ainda existem alojamentos para os atletas, um restaurante e, em dezembro, será entregue um outro prédio que foi construído com exclusividade para os atletas paralímpicos. É no restaurante, aliás, que está a principal atividade desenvolvida pela Ajinomoto. Ali, a empresa implementa o “Projeto Vitória”, ação global da multinacional que teve início em 2003 e tem como objetivo oferecer suporte nutricional aos esportistas japoneses, o que inclui a ingestão de aminoácidos fabricados pela marca.

O programa nutricional incentiva uma alimentação equilibrada e que atenda às necessidades específicas de cada atleta, além de propor o equilíbrio entre treino, descanso e alimentação, tríade que forma o princípio do “kachi-meshi” (“refeições para vencer”, em português). Para se ter uma ideia, o restaurante possui uma espécie de balança que informa a quantidade de calorias ingeridas por cada atleta e manda a informação direto para o treinador de cada um.

Com tudo isso, o Japão quer “destruir” os números alcançados no Rio de Janeiro em 2016, quando conquistou 41 medalhas no total, sendo 12 de ouro. E a ambição é grande. “Queremos alcançar 30 medalhas de ouro. Trabalhamos para isso. Esse é o objetivo”, afirmou Takahiko Ezaki, responsável pelo “Projeto Vitória” nos esportes olímpicos e paralímpicos do país asiático. 

* O repórter viajou a convite da Ajinomoto

Sair da versão mobile