O Corinthians encerrou domingo os jogos da primeira fase do Paulistão em seu estádio. Mesmo com uma boa média de público, o time no Estadual está longe de levar o mesmo número de torcedores dos jogos da Libertadores.
A mudança de comportamento do torcedor deixa evidente que há uma clara preferência da torcida pela competição internacional.
Considerando que o clube coloca, no máximo, 42 mil ingressos à venda, a taxa de ocupação na Libertadores chega a 90%, com média de 37,5 mil pessoas.
Contra o Danúbio, por exemplo, o setor de visitantes estava praticamente vazio, o que deixa a ocupação por parte de corintianos muito próxima dos 100%.
O problema é que o preço de um Corinthians e São Paulo pela Libertadores foi o mesmo de um Corinthians e São Bernardo pelo Estadual. E, no segundo caso, a média não foi tão bem sucedida. Com tíquetes entre R$ 50 e R$ 450, a taxa de ocupação no Campeonato Paulista cai para 64%, com média de 27,6 mil pagantes.
No torneio estadual, a área que fica vazia é justamente no prédio mais nobre da Arena Corinthians, onde o clube deveria ganhar mais dinheiro com lojas, camarotes e setores corporativos. Com essa diferença, a renda média cai de R$ 3.406.095,75 na Libertadores para R$ 1.277.619,31 no Paulista.
Mesmo assim, os números são consideravelmente superiores ao que o clube conseguia antes. Em 2014, o Corinthians ficou com média de 15,5 mil pessoas no Paulista, atuando no Pacaembu.
Se seguir essa tendência, a taxa de ocupação cairá após a Libertadores. O estádio tem capacidade para 48 mil pessoas, mas a venda ainda está limitada por conta de obras no setor oeste.
Esse é o local mais caro da casa corintiana. E o mais difícil de encher.