Com novos objetivos, Nissan relança time de atletas

“Depressão pós-Jogos”. Foi assim, informalmente, que a Nissan justificou a apresentação de um novo time de atletas da marca, em movimento ainda único entre os antigos patrocinadores do Rio 2016. Para a companhia, além de tornar a marca mais conhecida, os investimentos no esporte viraram peça forte no engajamento interno e virou uma questão de responsabilidade social para a marca no Brasil.

O novo grupo de atletas, chamado de Time Nissan 2.0, passou por algumas mudanças em relação à ativação para o Rio 2016. De 31 atletas, o time passou para 12. O investimento, no entanto, será maior: todos eles terão um aporte financeiro mensal. Outra diferença é o cuidado com a pluralidade. Agora, são seis paralímpicos e seis olímpicos, e seis mulheres e seis homens.

“Esse time não é um ‘time olímpico rumo a Tóquio’. É um time de atletas que nós vamos patrocinar e que vai nos ajudar no negócio. Por exemplo, nós vamos ter uma estratégia muito forte de PCD (Pessoas com Deficiência). Hoje, tem 46 milhões de pessoas no Brasil que podem comprar um carro sem pagar o imposto, porque tem alguma deficiência ou doença que permita isso. Quem melhor do que um PCD para fazer essa propaganda? ”, explicou o presidente da Nissan no Brasil, François Dossa, em conversa com a Máquina do Esporte.

A desvinculação aos Jogos de Tóquio, que será patrocinado pela Toyota, deverá manter o novo grupo mais próximo da empresa. Uma das preocupações, que faz parte dessa “depressão pós-Rio”, está no endomarketing: manter a equipe interna animada com o projeto. Antes de exibir o time para a imprensa, por exemplo, houve uma apresentação para funcionários, com festa na sede da marca na capital fluminense.

Alguns dos atletas já faziam parte do time anterior; foram selecionados aqueles que mais se engajaram com a marca, em eventos e redes sociais. A maior aposta, no entanto, está em jovens promissores, em uma analogia com o pouco tempo de vida da Nissan no Brasil. O “mentor” do grupo é Clodoaldo Silva, o único aposentado do time. “Atrevimento”, conceito associado à companhia, também foi ideia valorizada para a seleção.

“O retorno para a Nissan foi positivo, mas quando nós fazemos isso, não estamos pensando só no retorno. Eu estou fazendo meu papel de cidadão brasileiro de ajudar esses jovens que merecem ser ajudados”, exaltou François Dossa.

*O repórter viajou a convite da Nissan

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