A despeito de ter recebido ofertas, a diretoria do Guarani pode rechaçar patrocinadores fixos na cota máster e nas mangas de suas camisas até o fim desta temporada. Com futuro incerto, o clube paulista cogita manter durante a atual edição do Campeonato Brasileiro a aposta em contratos pontuais.
O principal problema é que o Guarani vai disputar no início do próximo ano a segunda divisão do Campeonato Paulista. “Por isso, acabamos ficando com alguns parceiros no Estadual e outros no Brasileiro”, explicou Mercival Piron, diretor de marketing da equipe de Campinas.
Além disso, o clube de Campinas busca somar pontos para assegurar ao menos a permanência na elite do Brasileiro – com 26 pontos em 20 partidas, a equipe aparece atualmente na décima posição da tabela do torneio nacional.
As propostas mais longevas que o Guarani recebeu, portanto, têm duração até o fim deste ano. A diretoria da equipe, entretanto, espera obter recursos para custear ao menos a participação na Série A2 do Estadual.
O Guarani conta com seis marcas fixas no uniforme desde o início do Campeonato Brasileiro: Kian, Renner, Amuage, Cabrino, Seller e Lupo, que fabrica o material esportivo do clube. Além disso, na reta final do primeiro turno, teve aportes pontuais da ótica Diniz e da Schneider Electric.
“Temos cinco propostas pré-determinadas para o segundo turno do Brasileirão, quando a exposição é maior, mas queremos vender também a Série A2”, completou Piron.
Diante desse impasse, o Guarani cogita manter o formato de patrocínios pontuais – empresas que fechem com o clube para um jogo ou um pacote de partidas. A ideia da diretoria é até direcionar essa prospecção de parceiros de acordo com a tabela – se o clube for jogar contra um rival gaúcho, por exemplo, a busca deve priorizar empresas do Rio Grande do Sul.
“Essa é uma alternativa que a gente acha inteligente. Mas para isso, é preciso ter uma logística comercial e verificar par”metros. Estamos vendo qual é o nosso par”metro. É uma conta matemática mesmo, de ver quanto custa uma inserção na TV durante 15 ou 30 segundos e quanto a marca tem de exposição durante um jogo”, disse o diretor de marketing.
Outra aposta do Guarani é fechar contratos que não comprometam seu uniforme. A diretoria trabalha com os exemplos de Brahma, Gatorade e 3M, empresas que fecharam com a equipe até 2011, mas cujo foco não é a exposição.