“Lugar de mulher é na cozinha, não num campo de futebol.” A frase parece démodé em 2014, mas foi dita por um cartola britânico a uma árbitra de futebol.
John Cummings, vice-presidente da liga regional de Northumberland, no nordeste da Inglaterra deu essa resposta ao ser questionado por Lucy May, durante seminário de futebol, sobre a possibilidade de apitar jogos de sua liga.
Cummings levou suspensão de quatro meses, multa simbólica de R$ 1.000 e terá que passar por um programa de reeducação da federação britânica.
Na Espanha, o preconceito em relação à atuação das mulheres no esporte chegou ao Senado. As críticas feitas pelos tenistas à nomeação de Gala León como capitã da equipe na Copa Davis levaram o senador Narvay Quintero, da Coalizão Canária, a fazer uma petição para que o legislativo funcione como mediador do conflito entre a treinadora, a Real Federação Espanhola de Tênis e os atletas.
“Precisamos resolver uma polêmica em que houve comentários sexistas inadmissíveis”, disse Quintero, em petição encaminhada ao Conselho Superior de Esportes da Espanha.
Para ele, é inaceitável o boicote dos tenistas ao trabalho de León, ex-diretora da federação, que subiu de posto com a saída de Carlos Moyá do cargo.
Atitudes louváveis da direção do esporte na Europa. Mas sintomas de que a busca por igualdade de gêneros já avançou muito mais em outros setores da economia do que no esporte.