O Palmeiras bateu, no domingo, um recorde que era mantido desde 1976. Com 40.986 pessoas no Allianz Parque, a arena superou o maior público da história do antigo Palestra Itália. Foi a consagração do estádio que tem se mostrado o mais eficiente modelo de negócio para um clube do futebol brasileiro.
Durante o Brasileirão deste ano, o Palmeiras conseguiu uma renda líquida de bilheteria com o Allianz Parque de R$ 27 milhões até o jogo do último domingo. Contra a Chapecoense, na partida que o consagrou campeão, foram mais R$ 4,1 milhões de receita bruta. O resultado poderia até ter sido melhor se não fosse a punição sofrida pelo time que bloqueou parte das arquibancadas durante o torneio.
Entre os times do futebol brasileiro que conseguiram um novo estádio, o Palmeiras ficou com o modelo mais confortável. Camarotes, setores VIPs e patrocínios vão para a construtora WTorre, mas o clube fica com toda a bilheteria. O maior rival, por exemplo, teve renda bruta superior à R$ 30 milhões no Brasileirão, mas o Corinthians destina toda a verba no pagamento de empréstimos bancários do estádio.
Para a WTorre, existem diversas dificuldades financeiras, mas nenhum novo estádio no Brasil conseguiu tantas fontes de receitas. Além do patrocínio da Allianz Seguros, a arena cumpriu um de seus principais objetivos: ser a principal casa de grandes apresentações musicais de São Paulo.
A construtora não divulgou números financeiros, mas passou à Máquina do Esporte alguns dados do estádio. No último ano, 733 mil pessoas passaram pelo estádio em eventos que não eram futebol. Foram mais de 200 eventos, entre eles 22 shows musicais.