O Uniceub/BRB/Brasília é o atual campeão do Novo Basquete Brasil (NBB), o Flamengo conta com a numerosa torcida do futebol e Vivo/Franca é a capital do basquete, mas é o Itabom/Bauru, ameaçado de não ter ginásio para disputar partidas em 2012, que mais arrecada com venda de ingressos no campeonato nacional.
A equipe do interior de São Paulo gerou, em sete jogos como mandante, R$ 30,5 mil durante o primeiro turno do NBB. O Araldite/Univille/Joinville, com oito partidas, conseguiu R$ 23,5 mil, enquanto o Brasília arrecadou R$ 22,7 mil em cinco confrontos, seguidos por Flamengo (R$ 19,4 mil) e Franca (R$ 18,4 mil).
Para atrair o público, o Bauru segmenta partidas de acordo com patrocinadores e delega a eles a responsabilidade de criar entretenimento. Em outras palavras, a cada jogo disputado na cidade paulista, uma empresa tem a oportunidade de criar ação de relacionamento com a torcida local, e os resultados agradam a todos.
O Bob”s, por exemplo, embora não ocupe nenhuma propriedade na camisa da equipe, criou promoção na qual, caso o time da casa faça mais de 100 pontos, todos os torcedores presentes ganham lanche gratuito na loja de fast-food. A Claro, nas mesmas condições, criou cards colecionáveis com nomes e rostos de jogadores.
Para a partida desta quinta-feira (10), contra o Pinheiros/Sky, a Unimed irá levar o grupo Arte Brasil ao ginásio e proporcionar show de música, no estilo Olodum. “Amanhã o dia é da Unimed, e eles farão ação que tornará a partida em espetáculo”, explica Juliana Poli, diretora de marketing do clube, à Máquina do Esporte.
Esse modelo pode até gerar novos contratos para o Bauru. A Claro, que já chegou a sortear celulares durante jogos de basquete na cidade, não é patrocinadora da equipe. Por ter interesse na região, restringe-se a ações de relacionamento, mas a satisfação com o retorno pode resultar em aporte ao time na próxima temporada.