Com real desvalorizado, Mizuno cogita produzir calçados no Brasil

Marca japonesa deve concentrar ações latinas no Brasil

A desvalorização do real deve provocar uma reviravolta na produção da Mizuno para o mercado brasileiro. Para neutralizar o impacto negativo da moeda em suas exportações, a fabricante japonesa estuda a hipótese de criar uma base no Brasil, segundo informações do diário econômico Nikkei.

A empresa com sede na cidade de Osaka se encontra, atualmente, decidindo quais modelos e a quantidade de peças a serem produzidos no país. A expectativa é de que, caso a Mizuno bata o martelo, as instalações estejam prontas dentro de um ano, confiando no incremento de consumo local após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Além disso, a nova base de produção serviria para a exportação em todo o continente, que terminou o primeiro trimestre do ano com faturamento de 217,1 milhões, o que corresponde a 15,8% das vendas globais do grupo e 6,8 milhões de pares de sapatos comercializados nesse mercado. Anualmente, a Mizuno vende 18 milhões de unidades.

A fabricante japonesa registrou 1,3 bilhão de euros de arrecadação global entre janeiro e março de 2015, com vendas de 352,4 milhões, número 4% superior ao registrado no mesmo período em 2014. O lucro chegou a 25% a mais do que o anotado no ano passado e se situa na casa de 5,9 milhões.

O Japão continua sendo o principal mercado da Mizuno, com uma fatia de 61% das vendas totais da marca.

Atualmente, a fabricação e representação dos produtos da marca no Brasil é concedida à Alpargatas. Apesar de ter conhecimento da repercussão da notícia no mercado internacional, a Mizuno Brasil não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Procurada pela Máquina do Esporte, a empresa não retornou a demanda até o fechamento desta matéria.

 

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