O título do Seattle Seahawks no Super Bowl, em fevereiro deste ano, foi a consagração esportiva do quarterback Russell Wilson, que até 2012 era desconhecido do grande público. Com o título da liga de futebol americano, Wilson não só ganhou fama, mas foi responsável pela maior fatia de venda em produtos licenciados de jogadores dentro da NFL.
Nesta semana, a Associação de Jogadores da NFL publicou a lista dos 50 jogadores que mais venderam produtos licenciados. Russell Wilson lidera o ranking, à frente de atletas consagrados como Peyton Manning, do Denver Broncos, e Tom Brady, do New England Patriots.
A associação que existe desde 1956 é uma mostra da organização da NFL nos Estados Unidos. Ela é uma forma dos atletas negociarem contratos comerciais de forma coletiva. Entre os produtos licenciados estão casacos, camisas, bonecos e acessórios vendidos por empresas oficiais, como a Nike, que fornece material esportivo para a liga americana. Na última temporada, as vendas geraram mais de U$S 1 bilhão.
A presença de Wilson no topo da lista não pode ser considerada uma surpresa. Ele é o quarterback, posição de maior destaque do futebol americano, do time campeão da temporada. Entre os dez primeiros da lista de licenciados, nove jogam de quarterback. O que difere o jogador dos seus companheiros são os ganhos reduzidos em salários.
Segundo as regras da NFL, um jogador novato não pode renegociar seu contrato antes de três anos de atividade. Wilson foi contratado em 2011, selecionado apenas na terceira rodada do “draft”, o método de compras de jogadores universitários realizada para a liga.
Mesmo titular absoluto de seu time, ele é apenas o terceiro quarterback mais bem pago da equipe. Seus ganhos em salários serão de US$ 662 mil em 2014, longe das milionárias cifras da NFL. Hoje, a quantia fica longe até mesmo dos principais jogadores do Campeonato Brasileiro de futebol.
Com a fama, seu contrato pode não ter tido melhorado, mas sua imagem se tornou uma das mais rentáveis. Em comunicado, o vice-presidente de licenciados da associação de jogadores da NFL, Steve Scebelo, justificou o sucesso do atleta ao seu reconhecimento fora de Seattle, cidade de sua equipe. “Ele é um jogador absolutamente nacional. Seus produtos estão sendo vendidos em todos os lugares”, afirmou.