Com time de frustrados e ausentes na Copa, Samsung conclui campanha fora do timing

A Samsung divulgou na última terça-feira (15), dois dias depois de terminada a Copa do Mundo, a conclusão da campanha publicitária que bolou para o Galaxy 11. No último vídeo, astros do futebol mundial jogam contra um time de alienígenas para salvar o planeta. As animações e os efeitos visuais são bem trabalhados, e o enredo é batido, mas aceitável. A grande falha deste comercial é que ele chega ao consumidor com pelo menos 30 dias de atraso.

Praticamente todos os garotos-propaganda da empresa coreana fracassaram redondamente no último mês, dentro e fora de campo. A começar pelo técnico, Franz Beckenbauer, banido do futebol pela Fifa por alguns meses por não colaborar em investigações sobre corrupção.

No time de humanos que salvou o mundo da catástrofe alienígena, joga o americano Landon Donovan e o colombiano Falcão Garcia, dois que nem sequer jogaram a Copa. Joga Cristiano Ronaldo e Wayne Rooney, dois ídolos que voltaram para casa ainda na fase de grupos e que tiveram atuações aquém da expectativa. O goleiro é Iker Casillas, espanhol que começou o Mundial sofrendo cinco gols da Holanda e que também se despediu na primeira fase.

Até quando falou de Lionel Messi a marca coreana errou no tom. Quando ele pega na bola e vai para cima dos extraterrestres, o locutor diz que o argentino “está inspirando o time com a liderança dele”, justo uma das poucas qualidades que o melhor do mundo efetivamente não tem na seleção argentina.

Da Alemanha tetracampeã mundial só havia Mario Götze, reserva que entrou na prorrogação contra a Argentina para fazer o gol do título. Único alento para os publicitários coreanos.

A campanha toda da Samsung fazia sentido até o começo da Copa. Os dois primeiros comerciais tiveram uma audiência combinada de mais de 25 milhões de visualizações, foram desenvolvidos games para celular com a temática escolhida, e os executivos de marketing da gigante coreana festejavam publicamente por poder criar uma campanha mais emocional por causa do futebol. Guardar a conclusão para depois da Copa é que foi uma ideia tão arriscada, tão fora do tempo em que deveria ter sido divulgada, que fez o último comercial perder todo o apelo.

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