Com TV e venda antecipada de ingresso, vôlei revive duelos em estádio de futebol

Cartaz do Desafio de Ouro entre Brasil e Portugal

A iniciativa de realizar dois amistosos após a conquista do ouro olímpico no vôlei já rendeu mais interesse do que o esperado pelos organizadores. Os amistosos entre a seleção brasileira, que irão marcar a despedida do líbero Serginho do time, e Portugal serão disputados em estádios de futebol, lembrando iniciativa semelhante realizada nos anos 80.

O primeiro jogo será na Arena da Baixada, em Curitiba, no sábado (dia 3 de setembro), e o segundo no estádio Mané Garrincha, em Brasília, no domingo (dia 4). Os dois jogos terão transmissão do SporTV. Na capital paranaense, o Atlético-PR antecipou a venda nas bilheterias em um dia diante da enorme procura.

Até o final da tarde de domingo já haviam sido comercializadas cerca de 9.000 entradas das 42 mil disponíveis, a maioria delas compradas por meio de dispositivos móveis (tablets ou celulares).

A escolha das duas cidades teve uma razão comercial e outra técnica. No Rio chegou-se à conclusão de que o evento não iria atrair público por acontecer entre a Olimpíada e a Paralimpíada. Já a Arena da Baixada conta com teto retrátil, estando imune aos perigos climáticos. Brasília, por sua vez, está no período de seca, sendo improvável que uma chuva fosse atrapalhar a realização do evento.

Em 26 de julho de 1983, Brasil e União Soviética jogaram no estádio do Maracanã diante de 95.887 pessoas, um recorde para uma partida de vôlei até hoje. O time soviético era o atual campeão olímpico e mundial. Já a seleção brasileira despontava a futura geração de prata, que seria vice-campeã olímpica em Los Angeles, um ano depois. Mesmo com chuva, o jogo aconteceu e o Brasil venceu por 3 sets a 1 (14/16, 16/14, 15/7 e 15/10).

“Foi uma experiência única ter disputado uma partida de vôlei em um estádio de futebol lotado. A atmosfera era contagiante e esse jogo ajudou muito no crescimento do vôlei. Temos poucas imagens, mas foi um duelo que ficou para a história. Lembro que no intervalo os soviéticos ajudaram a secar a quadra e acabamos vencendo o jogo. Posso dizer que foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida”, lembra Renan, um dos destaques daquela equipe e hoje diretor de seleções da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).

“Será uma oportunidade incrível para os torcedores assistirem à seleção brasileira masculina de vôlei completa com todos os integrantes da conquista do ouro olímpico, sem contar que serão os últimos jogos do Serginho com a camisa da seleção brasileira”, lembrou Renan.

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