Com vaga no PGA, Alex Rocha vira “arma” do golfe

Antes de Alex Rocha, última participação brasileira no PGA foi em 1982

Antes de Alex Rocha, última participação brasileira no PGA foi em 1982

Circuito mais bem pago do golfe mundial, o PGA Tour não é exatamente um evento de grande repercussão no Brasil. O simples fato de estar presente na competição também não é um feito esportivo comparável a um título olímpico ou mundial. Contudo, por ser apenas o segundo da história a ter obtido vaga e por ter interrompido uma estiagem de quase três décadas, o paulista Alexandre Rocha, 33 anos, transformou-se em arma de marketing para a modalidade.

Rocha vive nos Estados Unidos, e nos últimos cinco anos perambulou por Ásia e Europa. Entretanto, começou sua carreira no São Fernando Golf Club, que fica em Cotia (São Paulo). Por isso, a Federação Paulista de Golfe (FPG) pretende aproveitar a imagem dele a fim de popularizar a modalidade.

“O Alex tem a imagem muito atrelada à Federação Paulista. Conversamos com ele, e ele vai nos ajudar muito. Tenho certeza disso”, disse Manuel Gama, que foi empossado na noite da última segunda-feira para mais um triênio na presidência da entidade – ele já comanda a instituição há dois anos.

Inicialmente, a proposta da FPG é aproveitar a imagem de Rocha de duas formas: o golfista foi incitado a conceder muitas entrevistas para aproveitar a classificação ao PGA como meio de ganhar mídia, e também vai participar no contato direto com atletas e empresas.

Patrocinado por Adidas, Hugo Boss e Taylor Made, Rocha já disputou torneios de golfe por todo o planeta, incluindo circuitos no Canadá, na Europa e na Ásia. Ele conquistou em dezembro do ano passado a classificação para o PGA.

A vaga de Rocha foi obtida com a 22ª posição no Q-School, torneio classificatório disputado em Orlando (Estados Unidos). Antes dele, o único brasileiro a disputar o PGA foi Jaime Gonzalez, em 1982.

O mais curioso é que o caminho de Rocha não é exatamente o que as entidades esportivas do Brasil pretendem para o golfe. Ele serve como chamariz, mas passou a ser profissional e viajou pelo mundo. Como a modalidade vai ser incluída no programa olímpico no Rio-2016, a ideia é fomentar o início, mas focar no desenvolvimento de outro perfil de atleta.

“São coisas diferentes. Temos outros 15 golfistas bons nos Estados Unidos e na Ásia, mais um na África do Sul. Esses são aqueles que cresceram com ‘paitrocínio’ e têm uma condição diferente. Não tem nada a ver com o projeto olímpico”, completou Gama.

Na cerimônia de posse da nova diretoria, a FPG homenageou Alexandre Rocha. Ele foi representado pelos pais, e a mãe do golfista fez um discurso de agradecimento pelo apoio recebido da entidade.

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