Combate muda conteúdo para sair de nicho e crescer

O Combate, canal pay-per-view de lutas da Globosat, apresentou na terça-feira (25) um novo programa: “Eu também luto”. Com a presença de celebridades como Bruno Gagliasso, os vídeos mostrarão pessoas que optam pela luta como atividade física. A novidade é uma nova diretriz do canal, que quer sair do nicho especializado e voltar a crescer em assinantes.

Ainda que o UFC continue como carro-chefe da emissora, o objetivo agora é mudar o posicionamento da programação, que passará a ter mais conteúdo ligado a estilo de vida e relatos de pessoas que têm a luta como algo importante na vida. Os novos programas mostram desde as regras de competições até a história das modalidades, como aconteceu com um show gravado com o lutador Minotauro, que viajava pelo mundo para mostrar as origens de cada técnica. 

“Sempre pensamos que o nosso canal era de nicho, daqueles que realmente acompanham as lutas. Mas recentemente fizemos uma pesquisa que mostrou que não era bem assim. Existe uma demanda para pessoas que chegaram nos últimos anos e que não são os fanáticos pelas disputas”, explicou o responsável pelo conteúdo do Combate, Carlos Ozório, à Máquina do Esporte.

O objetivo central é fazer com que o canal volta a crescer em número de assinantes. Hoje, entre oscilações consideradas normais, o Combate tem 400 mil seguidores que pagam pela programação. A emissora teve um boom em 2011, quando o UFC explodiu no Brasil, com a ascensão de Anderson Silva e com a inclusão de lutas na emissora aberta, na Rede TV e depois na Globo.

Nos últimos anos, no entanto, o número se estabeleceu. O dado não chegou a preocupar o canal, especialmente pelo momento econômico vivido pelo país e pelo fato de a televisão por assinatura ter perdido clientes. Mas entendeu-se que precisaria haver mudanças na programação. Um exemplo está no número de mulheres que assinam o Combate atualmente, cerca de 40% do público.

Para Ozório, a mudança é mais uma necessidade de demanda do que um esfriamento do MMA no Brasil. “Para mim, o UFC vai muito bem. Não tivemos perda de assinantes, mesmo no mercado em crise, e a audiência da Globo permanece alta nas lutas exibidas pela Globo”, afirmou.

Sair da versão mobile