O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016 cortou custos e fechou orçamento de R$ 7,4 bilhões com despesas de logística para a competição. Segundo Mario Andrada, diretor executivo de comunicações do órgão, esse processo todo demorou quatro meses para ser finalizado. A última reunião do projeto de revisão do orçamento aconteceu no Rio de Janeiro, na semana passada.
“Antecipamos a Agenda 2020 do COI [Comitê Olímpico Internacional] e cortamos alguns serviços seguindo a linha de organizar Jogos economicamente sustentáveis”, afirmou Andrada, durante media entrevista coletiva realizada nesta terça-feira, em São Paulo.
Entre as decisões tomadas está a desistência de construir uma arquibancada flutuante para o estádio de remo, após negociações com a federação internacional da modalidade. Nas instalações esportivas temporárias, os organizadores só mantiveram uma sala reservada para o serviço antidoping. Os demais setores serão integrados ao mesmo espaço
“Parece pouco, mas quando você economiza paredes em todas as venues [locais de competição], isso gera uma boa economia”, afirmou o diretor.
O número de carros disponíveis para a organização dos Jogos também foi reduzido de 5.000 para 4.000. Todos os veículos serão disponibilizados pela Nissan, patrocinadora da Olimpíada. O número de voluntários também sofreu uma queda de quase 30%, de 70 mil para 50 mil.
“Acreditamos que esse seja o número suficiente para fazer os Jogos Olímpicos”, afirmou Andrada.
Outra estratégia do comitê foi adiar a data em que a entidade assume o controle de cada instalação que será utilizada nos Jogos. Quanto mais cedo o local passa para as mãos dos organizadores, mais despesas com manutenção são necessárias.
“O comitê iria assumir a Vila Olímpica em janeiro. Negociamos com parceiros da prefeitura e com a construtora um acesso limitado”, contou o diretor.