Como o Google lucra com comerciais do Super Bowl

Em 2012, comerciais do Super Bowl tiveram 265 mi de acessos no YouTube - Crédito Reprodução / Facebook

Em 2012, comerciais do Super Bowl tiveram 265 mi de acessos no YouTube – Crédito Reprodução / Facebook

Os comerciais que vão ao ar no intervalo do Super Bowl são os mais caros e mais criativos. As empresas seguram suas melhores ideias, pagam milhões por segundos de exibição. Essas são notícias que você lê todo ano e provavelmente vai continuar lendo. O que você talvez não saiba é que mais gente está lucrando com esses mesmos comerciais. O Google ganha dinheiro com os comerciais dos comerciais.

O YouTube virou um ponto estratégico para divulgar teasers de propagandas que serão exibidas durante o Super Bowl. Em 2012, foram 265 milhões de visualizações, segundo o Google, e mais importante: quase um terço dos cliques vieram antes do início da partida. Quer dizer que, final da NFL à parte, há muita gente interessada em assistir aos comerciais antes da hora, um prato cheio para empresas.

O problema é que, ironicamente, ao mesmo tempo em que 30 segundos de propaganda ficam mais caros a cada ano, mais marcas são expostas e mais companhias tentam tirar uma lasquinha. Fica, portanto, mais difícil para os criativos fazer com que os consumidores retenham a mensagem e a marca do seu cliente em suas mentes. Até porque quase ninguém consegue ter ideias brilhantes toda hora.

Foi aí que o Google entrou em cena. Faça uma busca por “Super Bowl commercial” no YouTube e provavelmente encontrará os teasers de algumas empresas com mais destaque. Também foi criado um canal específico para assistir, debater e votar na melhor propaganda, o Ad Blitz. Por exemplo, há uma seção para teasers neste canal. A Audi, uma das empresas que vai anunciar no Super Bowl, criou o “Dobberhuahua”, uma mistura dos cães Doberman e Chihuahua, para tentar dizer ao público que concorrentes têm se aventurado em um segmento que os alemães dominam. No Ad Blitz, há um comercial para este comercial.

Este esquema – comercial do comercial do comercial – fez com que o intervalo do Super Bowl vire uma espécie de eleição presidencial. As marcas não apenas criam uma propaganda criativa e pagam muito para mostrá-la ao público, como começam uma campanha que requer muito planejamento e muita antecedência. Tudo para não ser esquecida, apesar dos milhões de dólares gastos. Um exemplo prático é a Jaguar, que, segundo o Wall Street Journal, comprou 60 segundos e ainda gastou outros US$ 5 milhões para comprar espaços privilegiados no YouTube. O Google, sem dúvida, adora o Super Bowl.

Assista aos teasers da Audi para o comercial no Super Bowl.

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