A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) apresentou denúncia contra três ex-presidentes da entidade, os paraguaios Nicolás Leoz e Juan Angel Napout, e o uruguaio Eugenio Figueredo. Os dirigentes foram denunciados por lavagem de dinheiro, apropriação indébita e associação criminosa, entre outros delitos.
Segundo Osvaldo Granada, advogado da entidade, o último congresso da Conmebol autorizou a demanda feita pelo atual presidente, Alejandro Domínguez. A ação aconteceu após a descoberta de um suposto desvio de US$ 130 milhões para as contas de Leoz.
A entidade, que busca a recuperação do dinheiro, também acusou o Banco do Brasil de ocultar às autoridades do Paraguai a movimentação suspeita dos valores. A instituição brasileira é citada em documentos enviados ao Ministério Público paraguaio. A revelação foi feita pelo portal Globoesporte.com.
O Banco do Brasil teria sido usado em movimentações de uma conta da Conmebol no Paraguai e no Panamá. O Brasilian American Merchant Bank, subsidiárias da empresa, também teria sido utilizado.
Os advogados da Conmebol afirmam que os delitos têm “grave violação de obrigações previstas na legislação relativa à legitimação ou lavagem de dinheiro ou bens”, e reforça o estranhamento com o fato de o Banco do Brasil não teria reportado o fato à Secretaria de Prevenção de Lavagem de Dinheiro.
A empresa afirmou em nota que não comentaria o assunto. No entanto, ressaltou que “atua nos países onde está presente de acordo com a legislação local”.
Eugenio Figueredo está em prisão domiciliar no Uruguai. Juan Angel Napout está na mesma situação, mas nos Estados Unidos.