A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) deu prazo até 2019 para os clubes que disputem a Copa Libertadores tenham uma versão feminina. Caso não formem uma equipe, estarão proibidos de participar da competição continental. A informação é do Globoesporte.com.
A obrigatoriedade de criação de um time feminino faz parte do regulamento de licenciamento de clubes, apresentando nesta quinta-feira (dia 26), no Rio de Janeiro, em seminário promovido pela CBF em parceria com Fifa e Conmebol.
“A CBF e as entidades sul-americanas devem cumprir os cinco requisitos aprovados na licença da Conmebol como questões esportivas [desenvolvimento juvenil e do futebol feminino], infraestrutura [dos estádios e centros de treinamentos], administrativas e relações pessoais [profissionalização dos treinadores]. Além das questões legais e econômicas”, afirmou Mariano Zavala, gerente de licença da Conmebol.
A norma já integrava a MP do Futebol, sancionada em 2015 pela então presidente Dilma Roussef, que condicionava o refinanciamento das dívidas dos clubes de futebol com o governo federal a uma série de exigências. Entre elas estava o investimento em categorias de base e no futebol feminino.
Alguns clubes, porém, não aderiram ao chamado Profut (Programa de Modernização do Futebol Brasileiro), o que os desobrigaria de obedecer essa regra. Com a imposição de Conmebol e CBF, com seu regulamento de licenciamento, investir em times femininos passa a ser obrigatório.
A próxima edição do Campeonato Brasileiro feminino de futebol terá apenas sete clubes que também disputam a elite do Brasileirão: Corinthians, Flamengo, Grêmio, Ponte Preta, Santos, Sport e Vitória. Se o regulamento da Conmebol já valesse, Atlético-MG, Atlético-PR, Botafogo, Chapecoense e Palmeiras teriam que montar equipes femininas para jogar a Libertadores masculina.